Foi escrito há pouco mais um capítulo das "trocas de farpas" entre o senador Delcídio do Amaral (PT) e o presidente regional do partido, Mariano Cabreira. Após os comentários de Cabreira, de que o senador carregaria “mágoas advindas de derrota político-eleitoral” e de que o PT teria sido “extremamente generoso” com Delcídio, o parlamentar divulgou uma nota, através da assessoria de imprensa, em que diz que as opiniões dele “são um exemplo concreto daquilo que o PT sempre primou, ao longo de seus 27 anos de história, ao garantir o direito de opinião de seus militantes, dentro e fora do partido’”.

“A livre expressão de idéias é prerrogativa de qualquer liderança ou militante, mesmo quando essas idéias não agradam a algumas lideranças do partido”, diz trecho do documento. A assessoria diz ainda que Delcídio “jamais pautou suas decisões inspirado em qualquer tipo de mágoa, ódio ou preconceito”

Com ironia, Delcídio respondeu ao trecho mais forte da nota de Mariano Cabreira. “Não permita que o PT o mate, senador Delcídio do Amaral”, disse o presidente. “Graças à Deus, há muitos anos o stalinismo morreu”, responde o congressista através de outro documento.

O senador Delcídio disse ainda que “recebe com otimismo a disposição da direção regional do partido de fazer com que todos os militantes e lideranças acatem ‘as deliberações das instâncias partidárias e as regras de convivência interna’, uma vez que isso evitará que se repitam, no futuro, alianças espúrias como as forjadas em eleições anteriores por algumas lideranças do PT com candidatos de oposição e adversários do partido”.