Lideranças políticas federais, estaduais e municipais de Mato Grosso do Sul vão se reunir nesta terça-feira, 28 de maio, às 11h, com o diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, em Brasília, para reivindicar que o governo mantenha o traçado original da Estrada de Ferro 267, saindo da cidade de Estrela do Oeste, no interior de São Paulo, e chegando até Dourados, em Mato do Grosso do Sul. A audiência foi marcada a pedido do senador Delcídio do Amaral (PT/MS)

“Esse é o primeiro desdobramento da audiência pública da qual participamos sexta-feira (24) na Câmara de Vereadores de Nova Andradina, que, em momento muito oportuno, propôs a discussão de um tema que interessa não só ao Vale do Ivinhema e a Grande Dourados, mas todo Mato Grosso do Sul. Não podemos permitir que, pressionadas pelo governo e a bancada paulista, a EPL e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) alterem o traçado de uma ferrovia que favorece bastante o escoamento da nossa produção agropecuária, na medida em que cria uma nova alternativa de acesso ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Vamos mostrar que o Brasil só tem a ganhar com a ferrovia em território sul-mato-grossense, porque o custo do frete vai baratear e, consequentemente, o preço final dos alimentos ao consumidor ficará mais barato”, ponderou o senador.

A ferrovia , que integra o planejamento de obras estratégicas do governo federal, deve atravessar 19 municípios, sendo doze em São Paulo (Estrela D’Oeste, Pontalinda, Dirce Reis, Sud Menucci, Pereira Barreto, Ilha Solteira, Itapura, Castilho, Pauliceia, Santa Mercedes e Panorama) e sete em Mato Grosso do Sul( Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Angélica, Deodápolis e Dourados).

De acordo com Delcídio, na semana passada membros da bancada de deputados e senadores que representam São Paulo em Brasília pressionaram o Ministério dos Transportes para rever o traçado da ferrovia e manter o novo ramal passando apenas por São Paulo.