O senador Delcídio Amaral (PT-MS) expressou, nesta quarta-feira (6), sua preocupação com a sucessão de crises no tráfego aéreo nacional, cujo clímax teria sido atingido, na sua opinião, nesta terça-feira (5). Após apontar a maior tragédia da aviação brasileira - a colisão de dois jatos no Norte do Mato Grosso, em setemgro - como ponto de partida dos distúrbios, Delcídio condenou o andamento das investigações - que deveriam ter tido caráter sigiloso - e as informações desencontradas sobre o caso, emitidas por diversas instituições ligadas ao setor.

- Esse acidente trouxe dúvidas, preocupações e dificuldades, que ontem vivenciamos intensamente. Aeroportos superlotados, companhias aéreas sem condição de dar informações, passageiros com dificuldades de encontrar vagas nos hotéis. O clima é de desinformação absoluta e o que preocupa é que, a cada semana, há uma novidade - lamentou.

Depois da operação-padrão realizada pelos controladores de vôo, o que expôs problemas como insuficiência de pessoal e defasagem salarial no setor, Delcídio lembrou os transtornos amargados pelos passageiros com o rompimento, há cerca de três semanas, de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 em Curitiba (PR), até culminar com as falhas de comunicação com a Região Centro-Oeste nesta terça-feira (5). No seu ponto de vista, a crise na aviação civil brasileira envolve problemas tecnológicos e de gestão.

Embora cobre medidas imediatas do governo, o senador diz não ver solução para a crise a curto ou médio prazo e teme que a situação se torne ainda mais crítica com a chegada do período de festas de fim de ano e férias.

Simone Franco / Repórter da Agência Senado