Nas conversas sobre o atual cenário e as perspectivas de mudanças o nome de Delcídio sempre aflora. Naturalmente que em se tratando de política, como no futebol, as opiniões primam pela divergência.

Alguns entendem que o senador, com essa segunda derrota, pode ter encerrado seu projeto de governar o Mato Grosso do Sul. Nesta hipótese disputaria a reeleição com certa folga visto que no próximo pleito teremos duas vagas disponíveis para o cobiçado posto.

É certo que o dinamismo da política surpreende porque vários fatores acabam influenciando. O que hoje pode ser utopia, amanhã poderá ser perfeitamente viável.

Não pode ignorar: o segundo mandato da presidente Dilma é uma incógnita do ponto de vista econômico e os escândalos mostrados na mídia podem inclusive contaminar o Planalto e enfraquecer o governo politicamente e o PT inclusive.

Mas enquanto Delcídio se recupera do embate não se pode ser injusto com ele. Não se pode negar seu cacife eleitoral ao obter agora mais de 598 mil votos, ou seja, 44,66% dos votos válidos.

Agora, se a gente olhar no retrovisor veremos que na sua reeleição em 2010, ele chegou a marca dos 826.848 votos contra apenas 704.407 votos de André em sua reeleição ao governo na mesma data. Percebe-se que o número de votos recebidos pelo senador em 2010 e em 2014, caiu razoavelmente, mais de 220 mil votos.

Nos espaços políticos que frequentamos, nota-se uma certa expectativa de como será o retorno do senador ao cenário. Continuará com seu portentoso trabalho em prol do Estado em Brasília, estreitando as relações com o futuro governador, ou que estilo comportamental adotará? Até hoje nenhum político ligado ao senador revelou ter recebido pelo menos sinais ou dicas de como Delcídio lidará com a nova realidade.

Apenas o que se sabe é que deverá haver em breve alguns encontros entre as lideranças qualificadas do PT no Estado para uma avaliação do quadro.

Tudo que for dito além disso, deverá ser creditado à imaginação fértil de alguns.

Portanto, é aguardar!