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Delcídio diz que velhos caciques perderam a eleição

Cadu Bortolotto - 30 de outubro de 2006 - 18:41

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) disse nesta segunda-feira (30 de outubro) que o maior desafio do segundo mandato do presidente Lula é promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos num índice próximo ao que vem conseguindo hoje países como a China, o Chile e a Coréia do Sul.

- A economia vive um momento de expansão e o Brasil não pode perder a oportunidade de crescer diante de um cenário mundial com desempenho de até 6 pontos percentuais positivos. Nós temos um potencial gigantesco para nos desenvolvermos e gerar empregos. A sociedade cobra isso. O resto é conversa fiada – afirmou o senador, durante entrevista ao programa 94 Notícias, da Rádio Mega FM, de Campo Grande.

Para o senador, o desenvolvimento passa, necessariamente, por um entendimento entre o governo e o congresso nacional.

- O governo tem que estabelecer uma agenda de trabalho que priorize projetos para criar as condições necessárias ao crescimento. Muita gente quer investir no Brasil, mas precisa de regras claras, estáveis. Estão tramitando no Congresso projetos como o que desonera a carga tributária das micro e pequenas empresas, que precisam ser aprovados. Além disso, temas como a Reforma da Previdência, que não foram debatidos durante a campanha, justamente por serem antipáticos a muita gente, têm que ser encarados de frente, porque são verdadeiros gargalos ao desenvolvimento – alertou Delcídio.

Questionado pelo jornalista Pio Lopes sobre quem vai fazer a interlocução do governador eleito, André Puccineli(PMDB), com o presidente Lula, o senador foi claro.

- O André não precisa de interlocutor para aproximá-lo de Lula. Ele vai ser o governador do estado, democraticamente eleito, e como governador será recebido pelo presidente sempre que for necessário. E eu tenho certeza absoluta que o presidente não vai discriminar Mato Grosso do Sul pelo fato do governador ser do PMDB, primeiro porque ele coloca os interesses dos estados e do país acima das diferenças partidárias, e segundo porque o André é de um partido que, em sua maioria, apoiou Lula no primeiro e no segundo turno – ponderou.

Delcídio previu, porém, que podem acontecer problemas em relação à bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.

- Alguns membros da bancada sempre se posicionaram de maneira contrária ao governo e fizeram campanha contra o presidente Lula no primeiro e no segundo turno. Mas isso quem tem que resolver é o André – disse.

Para Delcídio, o processo eleitoral deste ano trouxe um sinal importante.

- Velhos caciques que dominavam alguns estados perderam a eleição, dando início a um grande processo de renovação. É claro que ela não aconteceu naquela extensão que todo mundo sonhava, mas já é um começo – assinalou.

O senador passou as ultimas três semanas em Brasília, lutando para liberar verbas para Mato Grosso do Sul.

- O esforço valeu à pena porque ainda essa semana o Procurador Geral do Estado de Mato Grosso vem a Campo Grande para assinar o convênio quer permitirá o repasse a Mato Grosso do Sul de R$ 45 milhões, relativos ao IPEMAT. A informação me foi dada pelo Procurador Geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio, e confirmada pelo Secretário de Receita e Controle, José Ricardo Cabral - revelou

Pio Lopes repercutiu com Delcídio as declarações feitas neste final de semana pelo governador Zeca do PT, que sugeriu o nome do senador como possível candidato a prefeito de Campo Grande pelo PT.

- É claro que me honraria muito entrar na disputa, mas o PT tem outros nomes fortes, como o deputado estadual Pedro Kemp, com uma base muito boa em Campo Grande, e a própria dona Gilda, primeira dama do estado, responsável por um trabalho social extraordinário, que lhe garantiu muito prestígio frente aos movimentos populares e a população mais carente. Na hora de discutir 2008 vamos debater a eleição não só em Campo Grande, mas em todos os municípios do estado - ponderou.

Sobre sua atuação em relação ao futuro governo do estado, Delcídio foi taxativo.

- Através do voto o eleitor nos colocou na oposição e vamos assumir esse papel, fiscalizando, questionando. Agora, vou fazer uma oposição absolutamente civilizada, sem ressentimentos de qualquer natureza. Isso é bom em qualquer sociedade porque o povo sabe que o político está atento aos interesses da população. Não é feio ser oposição. Ruim e ser adesista – disse

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