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Geral

Delcídio diz que recursos virão com unidade das bancadas

Cadú Bortolotto - 26 de fevereiro de 2007 - 14:41

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) disse nesta segunda-feira, em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena, que o trabalho articulado dos parlamentares do Centro-Oeste vai permitir aumentar os recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento-PAC para a região.

- Mato Grosso do Sul, a exemplo dos demais estados do Centro Oeste, foi pouco aquinhoado no PAC, mas nós estamos fazendo um movimento no sentido de interferir no programa e viabilizar principalmente aqueles projetos estruturantes para toda a região, entre eles a questão da BR 163, que pode ser duplicada para garantir o escoamento da safra, os polidutos, entre eles os álcooldutos, para levar o álcool produzido aqui aos portos e dali ao exterior, o gás natural, que agora com a negociação encaminhada com a Bolívia pode alavancar o futuro pólo gás-químico na fronteira, enfim, projetos que agregam valor e geram empregos – afirmou Delcídio, que está assumindo a vice-liderança do Governo no Senado e a presidência da Sub-comissão dos Marcos Regulatórios do PAC.

Delcídio revelou que no almoço das bancadas com os governadores do Centro Oeste, em Brasília, na quarta-feira, será estabelecida uma pauta mínima a ser apresentada semana que vem ao presidente Lula.

- Eu não tenho dúvida de que, com esse alinhamento, nós temos condições políticas de influir no PAC de tal maneira a atender a região como ela precisa – garantiu.

O senador acredita que a iniciativa privada deve contribuir com aproximadamente 45 % do total de R$ 500 bilhões previstos para investimentos do PAC.

- A iniciativa privada hoje é carente de um arcabouço jurídico claro. O investidor quando vê que tem incerteza jurídica não atua. Por isso eu estou assumindo a presidência da sub-comissão que vai definir os marcos regulatórios do PAC, com regras claras, para atrair os capitais privados, porque se eles não vierem, nós não vamos cumprir essa meta de investir quase meio trilhão de reais nos próximos 4 anos. O maior desafio do Brasil para crescer é a infra-estrutura e o PAC é um programa voltado especificamente para transporte, energia, telecomunicações, portos, aeroportos. Nós precisamos fazer um esforço muito grande para que ele dê certo – afirmou Delcídio.

POLÍTICA

Delcídio garantiu que permanece no Partido dos Trabalhadores.

- Eu estou assumindo a vice-liderança do Governo do Senado e vou ter um diálogo constante com o presidente Lula. Com isso, com a vice-presidência da Comissão de Infra-estrutura , por onde passam os principais projetos do país, e , ao mesmo tempo, presidindo a Sub-Comissão dos Marcos Regulatórios, eu vou trabalhar muito forte com o PT e os demais partidos e continuar ajudando Mato Grosso do Sul em Brasília – disse.

Em relação à política regional, o caminho é de oposição ao atual governo.

- Quem teve quase 40 % dos votos da população tem que ocupar o papel de oposição, racional, coerente e importante no sentido de defender as conquistas sociais que foram consolidadas ao longo dos últimos anos – explicou.

O senador descartou qualquer possibilidade de ser o candidato do PT a Prefeitura de Campo Grande nas eleições do ano que vem.

- O partido tem nomes fortes como os dos nossos 4 deputados estaduais que se prepararam para essa disputa. A bola da vez é deles. Nós precisamos agora reocupar os espaços que perdemos na capital. Nossas lideranças têm competência, sem dúvida nenhuma, para carregar as nossas bandeiras e fazer uma boa disputa – concluiu Delcídio.

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