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Delcídio diz que não vai debater com Zeca

Cadú Bortolotto, assessoria - 03 de novembro de 2010 - 18:46

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) negou nesta quarta-feira, 3 de novembro, com veemência, as especulações veiculadas em alguns órgãos de imprensa de que ocuparia cargo no futuro ministério da presidente eleita, Dilma Roussef. “Primeiro, é preciso deixar claro que eu não quero ser ministro.

Em segundo lugar, eu não fui convidado e não irei para o executivo seja qual for o cargo. Fui reeleito com quase 827 mil votos – a maior votação já dada a um político em Mato Grosso do Sul – para continuar como Senador da República e vou honrar o compromisso assumido com a população de lutar, cada vez mais, pelos nossos 78 municípios. Vou ajudar a Dilma no Congresso, trabalhando pelo desenvolvimento do Brasil e do estado, trazendo recursos para as prefeituras e debatendo os grandes temas de interesse do país. Além do mais, tenho um projeto político claro e definido. Sou pré-candidato a governador em 2014 e para isso tenho que estar focado no meu estado. O resto não passa de mentira de quem só quer me prejudicar”, afirmou Delcídio durante entrevista concedida ao programa Noticidade, da Rede MS de Rádio.

O senador disse que, passadas as eleições presidenciais, é hora de organizar o PT para as próximas disputas que se darão em 2012 e 2014. “Entendo que a expressiva votação que recebi nessas eleições me legitimaram para assumir o papel de protagonista dentro do partido em Mato Grosso do Sul. Nesta quarta-feira tivemos uma reunião com lideranças do Movimento PT, Democracia Socialista e do PT de Luta e de Massas na qual fizemos uma avaliação do quadro. A decisão foi a de promover a hegemonização do nosso grupo.

Vamos trabalhar daqui pra frente de uma maneira até mais incisiva no sentido de ditar os rumos do partido, é claro que discutindo com a militância, democraticamente e de forma transparente. Avaliamos os reflexos da eleição no projeto para a disputa das prefeituras e do governo do estado, para que o PT tome um rumo que majoritariamente hoje é conferido pela Executiva, pelo Diretório Regional e pelos diretórios municipais”, revelou. Delcídio adianta que as correntes que o apóiam dentro do PT vão exercer, de fato, o comando do partido. “Não vamos mais contemporizar. A decisão agora é de consolidar a hegemonia que já temos, de forma articulada, coordenada, consistente, competente, sem levar o partido para debates absolutamente inócuos, onde lamentavelmente a baixaria prevalece. Temos que fazer a grande política.

Estamos vivendo um momento muito especial com a eleição da presidente Dilma e temos um campo enorme pela frente. O presidente do Diretório Regional, Marcus Garcia, fez um excelente trabalho na coordenação da campanha presidencial em nosso estado . Agora, vamos trabalhar no sentido de fortalecer nossas lideranças, ajudar a população do nosso estado e buscar espaços no futuro governo. Esse é o foco.

A partir de agora não teremos mais nenhum tipo de complacência. Vamos exercer a hegemonia e quando houver divergência vamos resolver no voto”, explicou.

Durante a entrevista, o senador evitou polemizar com o ex-governador Zeca do PT, que recentemente o atacou através da imprensa. “O Zeca tenta fazer um debate público comigo, mas está perdendo tempo. Não vou fazer nenhum tipo de debate com ele através da mídia. O debate nosso é dentro do partido e não um debate pessoal, que não agrega nada. Esse tipo de política é ultrapassado. O ex-governador precisa ficar bastante atento para não ficar à margem das decisões. Ele continua sendo respeitado como liderança do partido, mas precisa entender que as instâncias de onde emanam as decisões são a Executiva e o Diretório Regional”, ponderou.

Delcídio não tem dúvida do sucesso da futura administração de Dilma Roussef. “O governo da Dilma será um governo onde o mérito de seus integrantes vai ser prioridade. Ela tem a mesma formação que eu tenho.

No setor de energia, nós sempre trabalhamos onde o mérito é absolutamente necessário e precisa prevalecer. Por isso, não tenho dúvida de que vai ser um governo da meritocracia, sem abandonar as questões políticas, e preservando os pilares da macroeconomia, com dólar flutuante, controle sobre a inflação e equilíbrio fiscal. Ela não só dará continuidade aos programas iniciados pelo presidente Lula, mas também vai inovar, avançando sempre, para que o Brasil seja cada vez mais fraterno, solidário e feliz.

A Dilma já deu sinas claro de que deseja o dialogo, harmonia, discutindo o que realmente é importante para o país e se preparou para isso. A futura presidente tem idéias claras e bastante objetivas e vai fazer o governo dela, olhando a saúde, a segurança, a educação e os investimentos que o Brasil precisa para gerar mais empregos, enfim, prosseguindo na construção de um país de todos”, previu o senador.

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