Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Delcídio diz que Lula não pode "generalizar” aliados

Fabiana Silvestre / Campo Grande News - 08 de junho de 2005 - 09:10

David Majella
David Majella

Separar o joio do trigo, afastando más companhias e consolidando boas alianças. Esta é a estratégia defendida pelo líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral, para o governo Lula. “Não podemos generalizar como se todos os partidos aliados fossem ruins. Tem gente boa, mediana e ruim. O que precisamos é separar quem não ajuda o governo de quem pode nos ajudar. A população precisa de uma ação fulminante do Congresso para acabar com essa novela. Não se pode deixar que isso prejudique a estabilidade do país”, disse em entrevista ao programa de rádio Tribuna Livre, da FM Capital.
Para o senador, o presidente Lula está conduzindo bem a crise política instalada no Planalto pelo até então companheiro Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.
A prioridade agora é recompor a base aliada, fragilizada com o “furacão” Jefferson. Segundo Amaral, a exoneração da direção dos Correios e do Instituto de Resseguros do Brasil, determinada ontem por Lula, comprovam que o Planalto não será complacente com a corrupção. “É o início de uma série de medidas para retomar o controle político e das ações de Governo”, afirmou.
O líder petista reitera que a reação rápida de Lula, um dia depois das denúncias de Jefferson de que congressistas aliados teriam recebido “mensalão” de R$ 30 mil para votar a favor do governo, é determinante para amenizar os impactos negativos junto à população. “Infelizmente a imagem do governo é prejudicada pela atitude de alguns. Mas esses acontecimentos nos serviram de lição. Não tenho dúvidas de que o governo está mais atento e rigoroso”, analisou.

Reflexos em MS – Amaral espera que a “postura equilibrada” de Lula no episódio Jefferson possa assegurar danos mínimos ao PT nas próximas eleições estaduais e na disputa pela reeleição do presidente. Mas pondera que os reflexos são inevitáveis: “A imagem do governo Lula repercutirá nas eleições estaduais. Não dá para separar uma coisa da outra”, concluiu.

SIGA-NOS NO Google News