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Delcídio diz que hoje não aceitaria assumir CPI

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 28 de novembro de 2005 - 08:39

Reclamando de desgaste emocional e invasão de privacidade, o senador Delcídio do Amaral, líder do PT no Senado e presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) dos Correios, disse que se fosse hoje não aceitaria assumir a presidência da CPI.
“Todo mundo vê os uísques que a gente toma, ninguém vê os tombos que a gente leva”, recorreu ao ditado, para explicar sua situação, durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, esta manhã. O senador voltou a falar que trocou o número de seu celular de 12 a 13 vezes, por conta de grampos, e reclamou que estar levando fama de pop star. O senador queixou-se de desgaste psicológico e pressão sobre sua família.
Ele disse que aceitou presidir da CPI com condição de que “não fosse para abafar” e citou como exemplo do que chama de “Operação Abafa”, a CPI do Banestado. “Era uma CPI que poderia melhorar os controles financeiros no País e nem votada foi”, disse. Delcídio destacou que a CPI dos Correios não é “chapa branca” e que a sociedade e imprensa têm acompanhado atentamente a todos os seus passos.
Sobre sua ausência na posse da nova presidente do diretório municipal do PT, Thaís Helena, na última sexta-feira, Delcídio disse que chegou tarde para o evento e que não participou porque estaria em uma situação delicada ao lado do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, investigado pela CPI. O receio, disse o senador, que é isso pudesse ser interpretado como um ato de desagravo. “Seria um contra-senso e fiquei sabendo que todo mundo estava esperando isso para uma fotografia ou filmagem. Tomei café com Dirceu há dois meses e levei um pau de uma semana. Qualquer palavra minha pesa no contexto e preciso evitar determinadas situações”, afirmou.

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