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Delcídio diz que está "arrumando a casa" e acredita que PT vai superar a crise

Flávia Lima, Campo Grande News - 05 de julho de 2015 - 14:15

Em entrevista concedida ao colunista Fernando Soares e publicada neste domingo(5) pelo jornal A Crítica, o senador Delcído do Amaral (PT), destacou como vem conciliando seu trabalho de liderança do governo Dilma, no Senado e a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, sem deixar de lado seu mandato.

Segundo o senador, apesar da experiência adquirida como executivo de multinacionais de energia no Brasil e no exterior, ele vem aprendendo com a crise política pela qual passa o governo de Dilma Roussef e ressaltou que os períodos de dificuldade é uma boa escola para o crescimento pessoal.

Na conversa com o colunista, ele se mostrou otimista e acredita que o momento é passageiro e que a presidente deixará um legado de desenvolvimento ao país. “Eu acredito no Brasil e no governo da presidente Dilma. Nós vamos superar as dificuldades”, destacou.

Mesmo com os baixos índices de popularidade, Delcídio relata na entrevista que não titubeou em aceitar o convite para ser líder do governo devido a amizade de 23 anos que tem com a presidente e por acreditar que a crise é momentânea e que o governo tem condições de superá-la. “Eu sou companheiro em qualquer hora. O momento exige serenidade, equilíbrio, bom senso e espírito público”, disse

Apesar do curto período na liderança do governo, ele avalia como positiva sua atuação e lembra que das várias medidas provisórias que tramitaram no Senado, o partido não perdeu nenhuma. “Aprovamos a indicação de muitas autoridades, entre elas o ministro do STF, Luiz Edson Fachin. Talvez tenha sido o ministro do STF sabatinado com maior severidade pelo Senado. Estamos trabalhando, andando gabinete por gabinete”, destaca.

Delcído continua a entrevista destacando que sua investidura na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos e na liderança do Governo deve contribuir com algumas decisões relacionadas a Mato Grosso do Sul. “Liderança tem ônus e tem bônus. O bônus é dialogar com o governo diretamente e ajudar o Estado. E isso, sem dúvida, tenho as reais condições de fazer”, destacou.

Já sobre sucessão presidencial, o senador frisou que Lula é o candidato do PT e foi enfático em afirmar que os ataques sofridos pelo governo de Dilma tem o propósito de atingir o ex-presidente. Ele diz que há uma campanha para desqualificar Lula, o que acabou resultando em uma polarização da sociedade.

Para Delcídio, é necessário reconhecer a historia política de Lula e a trajetória que trilhou para chegar a presidência. “Foi um presidente que conhecia o Brasil, que conhecia todos os Estados e as regiões, as mazelas, as dificuldades do nosso povo. Imaginem um cara que nasceu no Nordeste, viajou num pau de arara para São Paulo, tornou-se um grande líder sindical, criou o PT e virou presidente da República. Um cara como esse é preciso respeitar”, frisou.

Questionado sobre sucessão municipal e uma possível terceira candidatura ao governo, Delcídio deixou claro que no momento pensa apenas em cumprir seu mandato e ressaltou que não é candidato a prefeito de Campo Grande. Ele e disse que o partido vai avaliar o nome do vereador Zeca do PT, mas também considera boas alternativas o deputado estadual Pedro Kemp e Ricardo Ayache, candidato ao Senado nas últimas eleições para o governo do Estado.

O senador conclui a entrevista dizendo que a crise financeira nos Estados é passageira e a expectativa é que, no máximo até o último trimestre o quadro será revertido devido ao pacote de ações adotado pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda. “O governo optou em tomar as medidas duras logo de cara, fazer tudo no primeiro ano (...) Com a economia estável, mesmo crescendo em 2%, a presidente Dilma entrega o seu mandato ao próximo presidente com o País absolutamente em ordem”, destacou o senador, lembrando os programas e projetos lançados pela presidente, como o PIL (Programa de Investimento e Logística), que beneficiou Mato Grosso do Sul com a concessão da BR-267, da BR-262, além da BR-163 que já teve o leilão de concessão.

Para Delcídio, o governo Dilma não deve ser responsabilizado por todos os problemas. “Se houve equivoco nesse governo, outros governos também passaram por isso. E me surpreende quando alguém, eventualmente, tenta carimbar no governo ou no PT a marca da corrupção que começou lá em 1.500, no tempo de Pedro Alvares Cabral (…) Um erro não justifica o outro, mas é inacreditável como tentam vender uma imagem de que os vícios do Brasil começaram com o presidente Lula", concluiu.

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