O presidente da CPMI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou nesta sexta-feira que ainda não há necessidade de convidar o deputado José Dirceu (PT-SP) a depor à comissão. Requerimento solicitando a oitiva do ex-ministro-chefe da Casa Civil está entre os 50 pedidos que não foram avaliados na primeira etapa de votação (dos 160 apresentados inicialmente). “Nada indica até agora a necessidade de convocação do ex-ministro José Dirceu e do ministro (Luiz) Gushiken”, afirmou Amaral. Até agora, chegaram à CPI 209 requerimentos.
Dirceu foi apontado pelo ex-presidente do PTB, deputado federal Roberto Jefferson, como um dos articuladores do "mensalão" a congressistas do PP e PL, para que votassem a favor do governo.
O dinheiro, conforme Jefferson, viria de empresas estatais, entre elas os Correios.
Amaral informa que pedirá na próxima semana a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-chefe de departamento dos Correios, Maurício Marinho e do empresário Arthur Wascheck Neto, que teria encomendado a gravação que flagrou Marinho recebendo propina. Ambos já prestaram depoimento à CPMI.

Relatoria - O presidente da CPMI negou hoje rumores de que o PMDB esteja agindo para trocar o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). “Ele está fazendo um trabalho sério, é um homem de bem e equilibrado”, destacou.