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Delcídio defende ofensiva e operação "mãos limpas"

Malu Prado / Campo Grande News - 04 de julho de 2005 - 12:49

David Majella
David Majella

Com as sucessivas denúncias do pagamento de mesada a parlamentares da base aliada do Governo Federal feito pelo PT, o senador Delcídio do Amaral (PT/MS), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios afirmou nesta manhã que o governo tem que partir para a ofensiva imediatamente. “Não podemos patinar, as coisas estão em uma velocidade fora de controle”, apontou o senador sobre as novas denúncias.

No sábado, a revista Veja publicou novas acusações contra o PT. Documentos bancários apontam a ligação do partido com o empresário dono de agências de publicidade Marcos Valério, que tem sido acusado de ser o operador do “mensalão”. Conforme a publicação, o PT fez um empréstimo de R$ 2,4 milhões no dia 17 de fevereiro de 2003 no BMG (Banco de Minas Gerais), em Belo Horizonte. Os três avalistas foram José Genoíno, presidente da legenda; Delúbio Soares, o tesoureiro do PT e Marcos Valério. O dinheiro foi depositado na conta do PT no Banco do Brasil. A revista avaliou como “ligações financeiras obscuras” entre o PT e o publicitário.

Questionado sobre o posicionamento de “neutralidade” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às denúncias, o senador disse que o presidente ficou surpreso, o que impediu decisões imediatas. “O presidente sempre se pautou pela ética e moralidade. A reação dele foi de surpresa por ser o primeiro acontecimento como este em 25 anos de história do PT”, respondeu o presidente da CPI.

Para o senador, a crise política pela qual passa o governo pode interferir nas eleições de 2006. “Se não agirmos com velocidade haverá reflexo em todo o País, vai atingir os Estados e também outros partidos da base aliada. O problema está se alastrando”.

Na opinião de Delcídio do Amaral, “o destino tem desenhado no futuro do Brasil uma operação mãos limpas”, desencadeada naturalmente com os trabalhos da CPI dos Correios, da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União, apontou. “O país será passado à limpo, ou punimos ou nos arrebentamos”. A pressão viria tanto da oposição como da opinião pública, definiu.

Sobre a rotina de estar à frente das investigações, o senador disse estar muito cansado. “È uma pressão muito grande, 24 horas. Tenho acompanhado a mídia e a cada dia há uma surpresa”, disse Delcídio em entrevista coletiva após reunião com o diretório regional do PT.

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