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Delcídio consegue a renovação de licença da Urucum

Carlos Bortolotto - 12 de abril de 2004 - 16:44

O presidente do Ibama, Marcos Luís Barroso Barros, assinou no início da tarde desta segunda-feira a renovação da licença de operação da mina de ferro da Urucum Mineração, em Corumbá, atendendo a um pleito do senador Delcídio do Amaral (PT/MS) e de toda a comunidade corumbaense. Na última terça-feira, Delcídio se reuniu no Palácio do Planalto, com o Ministro-Chefe da Articulação Política do Governo, Aldo Rebelo, para pedir a intervenção da Presidência da República junto ao Ministério do Meio Ambiente, no sentido de solucionar a questão da renovação da licença. Se ela não fosse renovada, 512 trabalhadores poderiam perder o emprego, o que causaria uma crise gravíssima na economia do município.
Cópia do documento foi recebida, em mãos, pelo Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Corumbá, coronel Ângelo Rabelo, que foi a Brasília por sugestão de Delcídio especialmente para tratar do processo junto ao IBAMA. Além de renovar a licença, o instituto concedeu também a autorização de supressão da vegetação no maciço do Urucum, o que vai permitir a ampliação da exploração da mina, como vinha sendo pleiteado pela empresa.A Urucum pertence a Companhia Vale do Rio Doce , uma das maiores mineradoras do mundo, e extrai ferro e manganês em Corumbá desde 1908 .A empresa tinha dado entrada no pedido de renovação de licença de extração há vários meses , mas até agora o pedido não tinha sido atendido. O Ibama condicionava a liberação da licença ao pagamento de uma multa de R$ 4,5 milhões referente à taxa do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC) criada em 2000 e que a Vale entende que não deveria pagar. A URUCUM alega que foi criada em 1908 e por isso não se enquadraria no SNUC.
Por causa do impasse a empresa chegou a anunciar férias coletivas de 20 de abril e 19 de maio , para todos os trabalhadores da Urucum, que agora devem ser revertidas.
Delcídio, que na semana passada conversou sobre o assunto também com o presidente da Vale, Roger Agnelli, de quem é amigo pessoal, ficou satisfeito com a decisão do Ibama.
- A direção do instituto demonstrou sensibilidade em relação aos legítimos interesses não só da empresa mas de toda a população de Corumbá que, em hipótese alguma poderia abrir mão dos empregos e da riqueza que a Urucum traz para toda a região. Eu conheço a Vale, sei do compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e não tenho a menor dúvida de que ela sempre tomou todos os cuidados para evitar prejuízos ao meio ambiente e vai continuar a fazê-lo. No final de todo esse processo prevaleceu o bom senso e todos saíram ganhando, os trabalhadores, a empresa, a população de Corumbá como um todo e também a natureza.

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