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Delcídio classifica como "muito ruim” projeto da pesca

Fernanda França, Campo Grande News - 10 de julho de 2009 - 15:56

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) classificou hoje como “muito ruim” o projeto de Lei sobre a pesca, que tramita na Assembléia Legislativa.

“Estudei, detidamente, projeto que tramita na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul sobre pesca. É ruim... e bota ruim nisso!”, afirmou o senador em seu Twitter.

A proposta, apresentada pelo Executivo, chegou à Casa dia 30 de junho e já recebeu dezenas de emendas parlamentares. Os deputados Marquinhos Trad (PMDB) e Paulo Duarte (PT) são alguns dos que mais criticam as mudanças sugeridas pelo governo.

Outros deputados, como Ary Rigo (PDT) e Paulo Corrêa (PR), também se manifestaram contra a proposta, que libera a utilização de alguns petrechos considerados agressivos ao meio ambiente, como anzol de galho, tarrafas, bóias e redes.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Corrêa considerou um retrocesso a reintrodução do chamado “João bobo” e do anzol de galho.

"Não vamos retroceder", declarou, ressaltando que não foi convidado a participar de nenhuma audiência pública para debater a proposta.

Líder do PR na Assembléia, o deputado Antônio Carlos Arroyo afirma que as discussões não podem acontecer “no afogadilho”.

O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), também já se posicionou contra o projeto.

Ele está, inclusive, encabeçando um movimento de criação de uma legislação especial para a pesca nos rios que passam por municípios do Pantanal.

A proposta também libera a pesca para barcos estrangeiros, item que também é motivo de protesto para o prefeito de Corumbá.

“Onde entram os interesses dos donos de barcos estrangeiros na economia doméstica?”, questiona.

Os líderes políticos são unânimes em dizer que o período da Piracema não está sendo suficiente para a reposição dos espécimes capturados, a procura por pescado aumenta a cada dia e o peixe tem ficado mais caro e escasso.

Já o deputado Júnior Mochi (PMDB) afirma que a proposta foi discutida exaustivamente durante audiências públicas realizadas em Campo Grande, Corumbá, Miranda, Aquidauana e Coxim. "O projeto não veio no afogadilho, foi construído em muitas mãos", defendeu.

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