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Delcídio: André pode ter herdado ‘barril de pólvora’

Graciliano Rocha / Campo Grande News - 11 de janeiro de 2007 - 15:46

Na sua primeira aparição pública este ano, o senador Delcídio Amaral (PT) fez críticas ao governador Zeca do PT, disse que ficou “surpreso” com o mau estado das finanças do Estado e observou que a bancada federal começa a ter uma postura mais produtiva.

Embora tenha evitado ser taxativo nas declarações, pontuando as frases sempre com “pode ser” ou “pelos dados que a imprensa tem publicado”, o senador criticou o ex-governador por ter priorizado pagamento de fornecedores ao invés de pagar a dívida com a União – que resultou no bloqueio das contas semana passada – e os funcionários.

“Há uma regra clara na gestão pública: primeiro você paga o serviço da dívida, depois os salários e só então os fornecedores”, disse o senador. “Se essa regra não foi cumprida, cabe ao Ministério Público tomar providências”.

“Quando termina um governo, independente se é aliado ou adversário que vai assumir, você tem de deixar oxigênio para o cara e não um barril de pólvora, uma cadeira que pode explodir a qualquer momento”, alfinetou, referindo-se ao bloqueio das contas e os encargos decorrentes da insolvência que elevaram o valor da prestação de dezembro de R$ 27,9 milhões para R$ 46,2 milhões.

O senador se disse “surpreso” com os números financeiros do final do governo Zeca. “Só tive acesso a números oficiais que foram apresentados pelo governo, nunca tive acesso aos dados de pagamentos intra-secretarias”, disse.

Delcídio também achou que Zeca se submeteu a um julgamento político por evitar dar declarações explicando as opções feitas durante o último mês do seu governo. “Uma coisa eu aprendi: se te batem, tem que responder na hora, quem não deve não teme, é natural dar explicações”, afirmou.

Oportunismo – O senador também fez comentários sobre o futuro da relação entre o governador André Puccinelli (PMDB) e a bancada federal. Segundo ele, Puccinelli começa o governo com a bancada no Congresso disposta a manter uma unidade para ajudá-lo – situação, segundo ele, bem diferente da vivenciada por Zeca.

“Quando Zeca era governador, tentamos inúmeras vezes somar esforços, mas nunca dava certo porque havia resistência de alguns na bancada, nem um café da manhã entre o governador e a bancada conseguimos fazer porque havia divergência”, comparou, “Agora vieram com a proposta da unidade, aceitei porque não sou leviano nem emocional, porque acho que juntos podemos fazer um lobby mais forte pelos interesses do Estado do que cada um para o seu lado”.

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