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Déficit de enfermeiros profissionais no MS supera 3 mil

Edson Sibila / Campo Grande News - 22 de novembro de 2006 - 15:46

Mato Grosso do Sul tem hoje um déficit de mais de 3 mil enfermeiros com curso superior. A estimativa é da presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Dulce Bais, segundo normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para encontrar alternativas para amenizar o problema, acontece em Campo Grande no próximo sábado (25 de novembro), às 9h, no auditório do SENAC, a primeira reunião de trabalho do conselho em Mato Grosso do Sul.

O evento contará com a presença, além da presidente do COFEN, de representantes dos conselhos de saúde do estado, diretores dos serviços de enfermagem, secretários de saúde, membros do Conselho Regional de Enfermagem, da Associação Brasileira de Enfermagem, das Comissões Institucionais de Ética, além de profissionais e estudantes de enfermagem.

O objetivo é discutir o modelo de saúde pública e privada desenvolvido hoje no estado e no Brasil, do ponto de vista do profissional de enfermagem. Segundo Dulce Bais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para o Brasil um enfermeiro para cada 500 habitantes. “Para cada profissional trabalhando no MS hoje há a necessidade de contratação imediata de mais três, de acordo com as regras da OMS”, avalia a presidente.

Na sua explicação, essa carência é de enfermeiros com formação superior. O que acontece é que a OMS não reconhece divisão na capacitação de enfermeiros, como ocorre no Brasil, onde atuam profissionais formados em cursos técnicos. “Hoje no país, nós temos 3 categorias que formam a maioria dos trabalhadores do setor: o prático; o auxiliar de enfermagem e o técnico de enfermagem.” destaca Bais.

De acordo com ela, a idéia é incentivar para que esses profissionais busquem a formação superior, recomendada pela OMS. Além dessa questão, o encontro vai discutir o início do trabalho de divulgação nacional das tarefas realizadas pelo COFEN e o modelo de reestruturação administrativa, financeira e política da autarquia visando o conceito de Saúde para Todos.

Através da fiscalização dos Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs), o COFEN pretende trabalhar para corrigir o déficit de enfermeiros graduados nas instituições de saúde públicas e privadas. No Mato Grosso do Sul, a maior concentração de profissionais está em Campo Grande, que conta com 663 enfermeiros graduados Ainda assim, a defasagem é de duas vezes e meia comparando-se com o número de enfermeiros inscritos.

“Existe mercado para a contratação imediata de mais 971 enfermeiros, correspondendo, portanto, a duas vezes e meia o número existente, a fim de garantir assistência de enfermagem de excelência“ afirmou Bais. Ela lembrou que a demanda no interior é maior que na capital. Em Dourados, por exemplo, a necessidade de para a contratação de 880 enfermeiros graduados, porque nele atuam somente 148. Essa defasagem está sendo atendida paulatinamente, uma vez que em Dourados funcionam o curso de enfermagem da Universidade Estadual e o curso de uma instituição privada.

“Já em Três Lagoas existe espaço para contratação de 175 enfermeiros, quando na verdade o mercado tem hoje apenas 54 trabalhando. Em Corumbá são 32 enfermeiros em atividade e vagas para 200 profissionais graduados. Uma necessidade seis vezes e meia maior”, ressalta a presidente do CONFEN.

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