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Defesa do goleiro Bruno entra com ação em MS para negar paternidade

Aline dos Santos, Campo Grande News - 20 de março de 2015 - 10:00

A defesa do goleiro Bruno Fernandes entrou na última quarta-feira com ação negatória de paternidade na Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele foi condenado pela morte de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010. À época, a jovem buscava na Justiça que o então goleiro do Flamengo reconhecesse a paternidade de seu filho.

Atualmente, Bruninho mora com a avó em Campo Grande. Conforme o jornal O Estado de São Paulo, Bruno quer provar não ser pai da criança, desqualificando uma das principais teses da motivação do crime. Agora, a Justiça vai decidir se há necessidade de fazer o teste de paternidade.

Condenado a 22 anos por homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro de Eliza e do filho, além de ocultação de cadáver, Bruno voltou aos holofotes com entrevista no Programa do Gugu, na Rede Record.

De acordo com a advogada Maria Lúcia Borges Gomes, que atua na defesa de Sônia Fátima Silva de Moura, mãe de Eliza, o juiz vai avaliar a admissibilidade do pedido. Desta forma, o magistrado pode extinguir o processo ou dar sequência. Na segunda hipótese, serão ouvidos Sônia, o goleiro e marcada audiência de instrução. O magistrado pode solicitar exame de DNA.

A advogada afirma que será exigido que Bruno, preso em Minas Gerais, venha a Campo Grande para o exame. “E que seja feito em laboratório de nossa confiança”, diz. O exame de paternidade só seria feito de forma amigável se Bruno revelar o paradeiro do corpo da modelo.

Segundo Maria Lúcia, ele foi declarado pai do menino em ação de investigação de paternidade iniciada por Eliza Samudio na Justiça do Rio de Janeiro. “Ele alegou que não teve tempo para fazer o DNA, é mentira. Nunca se propôs a fazer o DNA. O Bruninho saiu de Campo Grande e foi lá no Rio de Janeiro”, afirma. Ainda segundo ela, o goleiro teria assumido a paternidade e a Justiça mandou que o cartório registrasse o garoto em seu nome.

Conforme a defesa de Sônia, o menino nunca recebeu pensão, que é cobrada em ação de execução, inclusive com pedido de bloqueio de bens. O montante não é revelado. A justiça determinou pagamento de 16.76% do salário caso Bruno estiver trabalhando. Sem emprego, o pagamento é de 2 salário mínimos e meio.

Em nome do garoto, a advogada ajuizou ação de dano material contra o goleiro. Ela informa que o valor também é sigiloso.

Crime - Conforme a investigação, Eliza foi torturada e morta a mando do goleiro. Com base nos depoimentos, foram descoberto indícios de que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, teria sido contratado para matar a jovem modelo e esconder o corpo.

Ele teria asfixiado e cortado o corpo da modelo, jogando os pedaços para os cães da raça rottweiler, que ele criava.

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