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Defesa de Beira-Mar tenta mostrar que denúncia é fofoca

Aline Queiroz e Nadyenka Castro, Campo Grande News - 10 de novembro de 2009 - 16:17

A defesa do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, desqualifica as provas apresentadas durante o julgamento hoje na 1ª Vara do Tribunal do Júri, onde Beira-Mar é julgado pelo assassinato de João Morel, crime ocorrido em 21 de janeiro de 2001, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande.

“Duvido que alguém aqui não tenha sido vítima de fofoca. Quem aqui não foi vítima de ouviu dizer”, questiona o criminalista carioca Wellington Corrêa da Costa Júnior.

Os advogados de Beira-Mar destacam que não existem provas contra ele.

Segundo Costa Júnior, o traficante foi denunciado somente no terceiro aditamento do processo, depois que o juiz apontou o envolvimento de outras pessoas na morte.

O advogado cobra que os jurados se atenham às provas dos autos, que não consta dinheiro apreendido para apontar o envolvimento de Beira-Mar no crime, na versão da defesa.

O criminalista também destaca que não existem ligações telefônicas de Beira-Mar com os outros acusados do crime.

“O Luiz Fernando da Costa está aqui por ouviu dizer”, ressalta o advogado.

Beira-Mar é apontado como mandante do crime. Já Odair Moreira da Silva, o “Marreta”, julgado e condenado pelo homicídio, é o autor dos golpes que resultaram na morte de Morel.

O advogado pontua ainda não se trata de um crime premeditado. Segundo Costa Júnior, depois da morte, Marreta ligou para o tio e disse que havia cometido o crime, em palavras que demonstravam arrependimento.

O tio dele chegou a dizer que não tinha dinheiro para pagar um criminalista para Marreta. No entanto, na sequência, três advogados surgiram para atuar na defesa.

Costa Júnior afirma ainda que a acusação aponta que o sexagenário João Morel não reagiu ao ataque, entretanto, laudo pericial derruba a argumentação, segundo o advogado.

O MPE (Ministério Público Estadual) apresentou durante o julgamento uma matéria veiculada na televisão no qual Beira-Mar é acusado de matar o amante da ex-namorada.

O outro advogado do traficante, Luiz Gustavo Bataglin Maciel, ressalta que Beira-Mar nem foi investigado por este crime. “Excessos são comuns quando se fala do Luiz Fernando. É um bode espiatório”, diz o advogado.

Ele pontua ainda que João Morel tinha inimigos.

O advogado também afirma que, das duas testemunhas citadas pelo MPE, uma, Ivanézio de Souza, tem depoimentos contraditórios.

A briga pela liderança do tráfico, na região, que faz fronteira com o Paraguai, teria sido o motivo do crime, cometido supostamente a mando de Beira-Mar.

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