Decreto do governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, assinado ontem e publicado hoje no DOE (Diário Oficial do Estado) cria a GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), dentro da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). A criação do GISP já havia sido adiantada na terça-feira pelo Campo Grande News.

Conforme previsto pelo decreto, a gerência terá a função de detectar as ligações dos detentos e levantar informações sobre facções quadrilhas ou bandos que pode interagir dentro dos presídios, além de organizar um banco de dados de foragidos. Nos dias 14 e 15 Mato Grosso do Sul teve quatro presídios com rebelião, orquestrada com detentos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo.

A rebelião provocou estragos e trouxe à tona a precariedade do sistema penitenciário, diante de uma massa carcerária mais que 100% maior que o considerado adequado para os espaços disponíveis. O governo decretou situação de emergência nas unidades atingidas e pleiteia R$ 10 milhões para obras de recuperação. Além disso, o
governo federal enviará 200 homens da Força Nacional para reforçar a segurança dos presídios do Mato Grosso do Sul destruídos por causa de rebeliões. Os policiais chegarão ao Estado a partir de segunda-feira.

A GISP será composta por sete instâncias, entre Gerência de Inteligência Penitenciária; Divisão de Inteligência Penitenciária, Divisão Contra-Inteligência Penitenciária; Divisão de Operações de Inteligência Penitenciária; Núcleo de Pesquisa e Estatística; Núcleo de Produção de Conhecimentos e Núcleo de Logística de Dados. Cada um deles tem sua função designada, desde a detecção de movimentação anormal até a neutralização do processo para restabelecimento da ordem dentro das unidades prisionais.