O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, que é também integrante do STF (Supremo Tribunal Federal), disse hoje em visita a Fátima do Sul, que deve ser apertada a votação no Senado em relação àa constitucionalidade das pesquisas com células-tronco embrionárias. Mello afirmou a questão, no Supremo há três anos, deve dividir o plenário de ministros na hora da definição, assim como ocorre com a sociedade.

Para o ministro, conhecido por suas declarações fortes, a diferença na votação deve ser de “um ou dois votos”. O STF é composto de 11 magistrados.

Marco Aurélio acredita que a votação deve ser influenciada pela disputa que envolve os lobbys da Igreja Católica, radicalmente contra o uso das células-tronco, e a comunidade cientifica. O ministro lembrou também a “condição humana” dele e dos colegas em relação ao assunto: “Não somos semi-deuses, somos juízes. Somos homens”.

O julgamento do STF sobre o tema foi retomado no dia 5 e adiado por um pedido de vistas do ministro Carlos Alberto Direito, após cerca de cinco horas de julgamento. O ministro terá agora um prazo regimental de até 30 dias para analisar o processo e devolvê-lo à votação.O pedido de vistas se sucedeu ao voto do relator da ação, ministro Carlos Ayres Britto, favorável ao uso de células-tronco embrionárias.