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Debate do reajuste do mínimo inclui nova data-base

Marcela Rebelo/ABr - 02 de fevereiro de 2006 - 16:09

Durante reunião da Comissão Mista de Salário Mínimo do Congresso Nacional, as centrais sindicais apresentaram novos mecanismos de reajuste do salário mínimo. Entre elas estavam representantes da Força Sindical, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Autônoma de Trabalhadores (CAT), Coordenação Confederativa de Trabalhadores (CCT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

A Força Sindical defende a mudança da data-base para janeiro. "A nossa idéia é que, no próximo ano, a data-base já possa ser em janeiro. E que a gente determine em lei que, entra governo ou sai governo, o aumento real do mínimo seja garantido", disse presidente Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. A central ainda engrossa o coro dos que pede um reajuste de acordo com a inflação e com a produção de riqueza do país.

O presidente da CUT, João Felício, acredita no debate promovido pela comissão para elaborar uma lei que recupere o poder de compra do salário mínimo. "Vamos sair desse debate cansativo e estéril de todos os anos de quanto vai ser o valor do salário mínimo", disse. Para ele, o que vem ocorrendo ao longo dos anos é um debate "populista" e "demagogo". "Cada um chega aqui, saca um valor, tira um valor do bolso do colete e acha que vai resolver o problema do achatamento salarial do país", afirmou o presidente da CUT.

Outras propostas também foram apresentadas na comissão, como a da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), que defende que o salário mínimo corresponda a 7% do salário do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). "Hoje o salário do presidente do STF é de R$ 24 mil. Com isso o salário mínimo seria de R$ 1.600. É o salário mínimo vital para sobrevivência do trabalhador brasileiro", disse o secretário-geral da CGT, Canindé Pegado.

O presidente da CUT diz que R$ 1.600 é o valor indicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) como o ideal, mas destaca que essa é uma "bandeira" dos representantes dos trabalhadores. "Sonhamos um dia chegar lá. Mas para chegar lá, tem que ter a política de aumento real", afirmou Felício.

Para o relator da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), há uma sintonia nas sugestões apresentadas para construir uma política "que garanta que todo o ano a correção do mínimo seja quase que automática". Ele acredita que até agosto conclua um relatório propondo uma lei que permita uma política permanente do salário mínimo.

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