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De cada 10 crianças internadas em hospital, 4 se acidentaram em casa

Campo Grande News - 18 de julho de 2018 - 16:30

O período de férias chegou, com crianças em casa, e a preocupação com acidentes domésticos, que já é frequente, aumenta ainda mais. "Um segundo" é tempo suficiente para terminar em tragédia. No setor de pediatria da Santa Casa de Campo Grande, por exemplo, a cada 10 crianças que dão entrada no hospital, quatro são vítimas de acidentes domésticos.

O pronto-socorro do maior hospital do Estado não para de receber pacientes, principalmente, no setor infantil. Pode parecer assustador, mas de todas as crianças atendidas na unidade, 42% são vítimas de acidentes domésticos, muitos deles que poderiam ser evitados.

Balanço feito pela enfermaria pediátrica da Santa Casa informa que de 60 crianças internadas, atualmente, 25 deram entrada por causa de acidentes caseiros. É a chamada "arte" que acaba resultado em estadias no hospital.

A diversidade dos eventos impede a existência de um ranking dos mais comuns. É justamente a diversidade de acidentes possíveis que faz com que o "olho vivo" seja a principal forma de prevenção, segundo a médica pediatra Talita Zanon. “Tudo dentro de uma casa ou quintal pode ser um causador de acidentes. A primeira orientação é não deixar crianças sozinhas, nem por um segundo”, pontua.

Água, um dos piores perigos

“Afogamento, não é o mais comum, mas é o mais grave e quando acontece nem sempre a criança chega viva ao hospital, esse tipo de acidente também aumenta durante as férias. Porém, com mais frequência, chegam fraturas, queimadura, quedas da cama ou de maneira geral, sufocamento com alimento, brinquedo, saco plástico, fraturas por queda da árvore, por conta do futebol, choque elétricos, intoxicações por substâncias químicas e até infecções causadas por quedas anteriores”, explica a pediatra.

Talita explica que móveis ou estrutura em residências que possuem crianças devem ser fixadas e, principalmente, os responsáveis, sejam eles os pais, avós ou babás, devem ter um conhecimento básico de socorro médico, pelo menos, para saber agir nos primeiros minutos do acontecimento.

Hoje em dia, a situação do tanque não é tão corriqueira, mas ocorre em moldes diferentes. Umcasal de professores de Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, levou um susto no último dia 7 de julho após receber a notícia de que um portão tinha caído sobre a filha de 2 anos.

A pequena Giovana recebeu os primeiros atendimentos na cidade, mas foi transferida a Campo Grande por meio da vaga zero. A menina recebeu 12 pontos em um corte na cabeça, ficou 10 dias internada e recebeu alta pediátrica nesta terça-feira (17).

“Ela estava na minha sogra e nós estávamos trabalhando quando recebemos a ligação do acidente. Sempre que chega alguém, ela vai correndo ao portão e, desta vez, a estrutura virou. Quem tentou abrir foi a priminha de 8 anos, talvez se fosse alguém maior conseguiria segurar. Ela sofreu um corte e uma fratura superficial do crânio, que causou micro coágulos. Ela foi lucida para a UPA em Três Lagoas, mas na hora da sutura do corte convulsionou e vomitou. O médico disse que a situação era grave e que o poderia fazer já tinha feito, pois ela precisava ser levada para uma UTI. Por sorte o Samu estava lá e já entubaram e encaminharam para Campo Grande.

O importante é que a recuperação dela foi um milagre. No terceiro dia já, ela já não estava mais entubada, no quarto já não precisava de oxigênio. Nada atingiu o cérebro, graças a Deus”, disse Cibele Guedes, de 35 anos.

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