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Dante afirma que Tancredo era a favor das diretas

Pedro Malavolta/ABr - 22 de abril de 2004 - 16:54

Dante Oliveira, ex-deputado e ex-governador de Mato-Grosso, autor da emenda que instituiria as eleições diretas, defendeu Tancredo Neves, no debate sobre Diretas Já, organizado pela Radio CBN e instituto Itaú Cultural, realizado hoje em São Paulo.

“Tancredo sempre foi a favor das diretas”. Ressaltou, no entanto, que o então governador mineiro comentava que achava difícil a emenda ser aprovada, até porque era das lideranças da oposição quem mais conversava com os militares.

O Secretario Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, concordou. “Eu nunca observei nos atos de Tancredo uma posição contraria as Diretas. Tudo que nós propomos ele topou”. Dulci foi uma das lideranças mineiras do movimento.

A crise econômica por que passava o país na metade da década de 80 foi essencial para a vitória da campanha das diretas já, disse o José Aníbal, ex-deputado e atual presidente do PSDB. Aníbal foi um dos coordenadores nacionais da campanha das Diretas Já.

Dulci acrescentou: após a campanha das Diretas Já a sociedade civil entrou para a vida política brasileira para nunca mais sair. “Foi um movimento belíssimo”, disse.

O ex-deputado Domingos Leonelli não acredita que as Diretas Já foi vitoriosa, como os outros debatedores afirmaram. Apesar de reconhecer a importância que teve para a transição. Ele pensa que o final da campanha foi uma grande derrota. “A não aprovação da emenda impediu que algo novo acontecesse na vida política brasileira, que o povo concedesse o poder. E não, como aconteceu: a elite permitindo que a população pudesse votar”. Segundo Leonelli, isso criaria um sentimento de refundação do país, que mudaria as relações políticas existentes.

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