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Dalmo Cúrcio: "Vou morrer lutando pelo rio Aporé"
Pra quem tem voz de influência ou aquele humilde cidadão que foi criado na barranca do rio Aporé, principalmente pelo lado da nossa Cassilândia. Agora tem a sua vez de no mínimo defender este que para todos em comum é um bem precioso. Trata-se da luta em defesa do rio Aporé, esquecido, explorado e muitas vezes devastados por falta de consciência ecológica e ambiental.
Nesta luta ergo minha bandeira ao qual sempre as defendi, muito embora humilde sempre dei o valor necessário na importância da preservação de nossos mananciais, principalmente dos que brotam suas águas límpidas no solo cassilandense.
Venho através deste artigo opinar contrário a instalação da usina geradora de energia próximo ao salto do rio Aporé, nossa maior referência turística em Cassilândia.
Uma pela idéia de PRESERVAR EM RESPEITO A VIDA e o habitat do rio, outra de se evitar a transformação em uma área natural como o leito do rio em um lago, que ninguém poderá nos garantir sobre os efeitos negativos de seu impacto devastador ou até catastrófico. Como a exemplo que assistimos na barragem do rio corrente em Goiás.
Pelo lado da cultura e os costumes de um povo tem que se verificar a importância e alguns valores da influência do rio Aporé. Pois ao saber que quantas gerações usufluiram de suas águas, para o esporte, o laser e até a sobrevivência, ver tudo isso acontecer sem um mínimo de respeito a vida é de se revoltar.
Quanto aos antigos e até autoridades locais com opiniões adversas sobre o tema, o importante a saber é que: dos antigos é que resgatamos as raízes da importância do rio Aporé. Como exemplo a criação em 1998 do esporte chamado BOIACROSS, esporte este que hoje é praticado e conhecido mundialmente. Foi minha a idéia; sim pelo fato de saber e viver minha vida neste rio, onde os costumes vem desde os antigos moradores que rodava com talo de bananeira e depois de muitos anos veio a câmara de ar de pneu de carro.
Criei também na época do prefeito Edio Amin a campanha SALVE O RIO APORÉ, que ao final colocamos 1 milhão e 400 mil alevinos de peixes, além do apoio do Ibama e Policia Militar Ambiental.
Evidentemente que tivemos total apoio das cidades ribeirinhas de nossa região e principalmente da população.
Acredito que não é só por estes fatos e sim pelos valores que representa este rio é que devermos lutar e impedir a construção da barragem.
Mas também entender-mos que os efeitos que ela poderá causar, depois de construída jamais será reparado.
DALMO SAUCEDO CURCIO