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Geral

Da fruta ao cafezinho: como os alimentos chegam à mesa?

MAPA/ Kelly Beltrão - 08 de dezembro de 2009 - 08:03

Frutas no café da manhã, churrasco no almoço e um cafezinho depois das refeições. Para que esses alimentos estejam na mesa dos consumidores e sejam considerados de qualidade é necessário passar pelo processo de certificação. Assim, todas as etapas de produção são rastreadas e monitoradas por fiscais federais agropecuários e médicos veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para Jonas Celestino da Silva, proprietário da fazenda Pouso Alegre, a 40 quilômetros de Uberlândia/MG, fornecer alimentos saudáveis à população é primordial. Pensando nisso, aderiu ao Sistema Integrado de Aves e Suínos. “Nos associamos a uma empresa que fornece leitões, aves, ração, medicamentos, assistência veterinária e suporte técnico. Nós somos responsáveis pelas instalações, mão-de-obra, energia e água”, explica.

No sistema integrado, 95% dos custos são das empresas e 5% dos participantes, o que contribuiu para que Silva aumentasse seus rendimentos em 2%. “Considero o resultado satisfatório. Trabalhamos por meio do processo de conversão, em que não podemos desperdiçar ração e precisamos engordar o animal”, afirma.

Na fazenda, de 90 hectares, foram construídos seis galpões para frangos e quatro para suínos. As aves precisam de mais cuidados para sobreviver, pois são muito sensíveis. O aviário não pode ser aberto várias vezes por causa da luz, e deve ficar coberto com telas, para evitar a entrada de pássaros. Em cada unidade de produção dos frigoríficos em Uberlândia chegam a ser abatidos, por dia, 270 mil frangos, 5,2 mil suínos e 1,07 mil bovinos.

Aves - Até o 12° dia, as aves precisam de calor, para isso os galpões da fazenda Pouso Alegre são aquecidos por caldeiras a diesel, em temperatura de 30°C. Depois desse período, são resfriados por exaustores, até alcançar 20°C. As aves para o abate pesam entre 1,4 e 1,7 kg, com tempo médio de vida de 33 dias.

Durante o processo, práticas de bem-estar animal, com respeito ao meio ambiente e segurança alimentar, garantem à ave o direito de saciar a fome e a sede, de expressar o comportamento, de ter conforto e não sentir medo ou angústia. Todos os dados dos animais são registrados no boletim sanitário, guardado por até 36 meses. O documento servirá de base para a inspeção ante mortem (visual), realizada pelo médico veterinário do Sistema de Inspeção Federal (SIF), no estabelecimento de abate.

Suínos - Os suínos permanecem até o 28° dia com a mãe, depois seguem para a creche, onde ficam por mais 35 dias, até alcançar 25 kg. Entre 60 e 70 dias chegam à fazenda e são abatidos, em média, com 125 kg, completando o ciclo de 120 dias. Antes do embarque, ficam 12 horas sem comer. O produto final deve chegar ao cliente com, no máximo, -14°C.

De acordo com o fiscal federal agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura em Minas Gerais (SFA/MG), Cosme Soares Coimbra, o Mapa realiza, a cada seis meses, testes de tuberculose, brucelose, doença de aujeszky, sarna e peste suína clássica nos animais. “Na primeira certificação, fazemos o teste em 100% dos reprodutores, depois coletamos amostras conforme a quantidade de suínos na granja. O objetivo é renovar a validade do documento”, informa.

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