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Geral

Custo da pecuária tem alta de 1% em Mato Grosso do Sul

Aline Rocha / Campo Grande News - 07 de julho de 2005 - 15:30

Os custos operacionais efetivos e totais da pecuária em Mato Grosso do Sul apresentaram aumento em maio. Diferente da maioria das unidades da federação, no Estado, o aumento do custo efetivo foi de 1%. Com isso, conforme informações da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária), a situação dos dois principais produtores, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que respondem, juntos, por um terço do rebanho bovino, está entre as mais críticas. De janeiro a maio, cada um destes Estados soma aumento acima de 5% dos custos totais e recuo médio de 12% do preço da arroba.
A problemática é que a redução sucessiva de insumos acabará representando um retrocesso das práticas produtivas. O empresário rural reduz o consumo e, conseqüentemente, diminui a produtividade. No longo prazo, o setor regride e perde espaço no mercado.
Segundo a CNA, a reversão dos custos pode ser conseqüência da diminuição do consumo. A queda do poder de compra dos produtores os leva a postergar a aquisição de certos itens ou mesmo a reduzir o uso, pressionando pela diminuição dos preços. No Estado, a variação mensal dos custos ficou em 1,03% em maio e no acumulado do ano em 5,09%.
Os principais insumos que puxaram os custos nos dois Estados do Centro-Oeste foram a suplementação mineral e os insumos para construção/manutenção de cercas. Já no norte do Brasil, os principais aumentos vieram do diesel, de serviços terceirizados de desmatamento e de medicamentos em geral que, por questão de logística, podem sofrer reajustes até chegar na mão desses pecuaristas.
Depois da mão-de-obra, que teve seu preço reajustado já em abril em muitas propriedades rurais, o insumo que acumulou maior aumento nos primeiros cinco meses do ano foram os itens para manutenção e construção de cercas, que representam quase que 5% dos custos operacionais totais (COT) da atividade, conforme média nacional. A suplementação mineral, que responde por cerca de 15% do COT, acumulou valorização de 3,6%, incluído o aumento médio de 1,4% de abril para maio.
Neste ano, os adubos em geral, que representam quase 4% nos custos operacionais totais, foram os que apresentaram maior desvalorização, de 3,7%. Segundo a CNA, não deverá ocorrer nenhuma grande mudança das demandas interna e externa por carne bovina. A melhora da renda dos produtores teria que vir pela redução dos custos da atividade.
Ainda segundo a confederação, no mercado interno, há sinais de que a política monetária está conseguindo segurar a inflação, embora seja fruto da desaceleração do consumo. Os recuos dos preços do boi gordo negociados no mercado futuro (BM&F) confirmam esse pessimismo. Do final de maio para o encerramento de junho, por exemplo, o contrato de outubro recuou 5%. Em relação às exportações, a taxa de câmbio para setembro está em torno de R$ 2,46 por dólar, indicando que o mercado também não espera modificações do patamar médio obtido com essas vendas. Com informações da CNA.

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