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Geral

Custo da pecuária sobe 10% e arroba só 3%

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 29 de setembro de 2004 - 14:10

Os dados acumulados do custo da pecuária apontam que o criador de bovinos de Mato Grosso do Sul está saindo na desvantagem no acumulado do ano, com aumento de custos em 10,24% enquanto a arroba só valorizou 3,5%. A inflação da pecuária no Estado só perde para Rondônia (11,35%) e para Minas Gerais (10,75%), segundo os dados da CNA (Confederação Nacional de Agricultura).
Em agosto especificamente a variação do COT (Custo Operacional Total) no Estado foi a segunda maior: 1,07%, enquanto em Rondônia ficou em 1,38%. Os aumentos de custos são muito maiores que a média nacional, de 0,47% e que no acumulado do ano foi de 7,37%.Foram justamente os reajustes dos medicamentos em geral e da suplementação mineral que mais contribuíram para que o Mato Grosso do Sul passasse a liderar os Estados com maior elevação dos custos, em agosto, de 1,1%. O ritmo de vendas nas casas agropecuárias no Estado permaneceu estável no mês, com exceção do sal proteinado, que tem sido bastante demandado devido à forte seca que vem atingindo a região. Mesmo com as vendas aquecidas do produto, donos das casas agropecuárias caracterizam a situação como desanimadora. Segundo a CNA, vigília dos pecuaristas sul-mato-grossenses ao vizinho Paraguai, devido a possíveis focos de febre aftosa, também elevou os preços da vacina em 1%, na média estadual, insumo que ao longo do ano vinha apresentando comportamento estável No balanço do ano, os pecuaristas do Mata Grosso do Sul, Estado que concentra o maior rebanho de corte do País, são também os que mais têm sofrido acréscimos nos custos operacionais efetivos (COE), que já acumulam altas de 8,55%.
Na avaliação nacional, o pecuarista teve uma redução de margem em torno de 7% por conta do aumento dos custos de produção num período em que os preços do boi se mantiveram estáveis. Essa redução de margem foi transferida aos frigoríficos que, com a diminuição dos preços da carne no atacado doméstico por volta de 7%, tendo a Grande São Paulo como referência, deram aos varejistas a possibilidade de oferecer um produto mais barato ao consumidor. Nessa dinâmica, os frigoríficos estão sendo menos castigados graças às exportações. O produtor rural, no entanto, contribui para a manutenção das taxas de inflação e para a competitividade da carne bovina no exterior, sem qualquer contrapartida.

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