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Geral

Custo da pecuária aumentou 12% até outubro

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 23 de novembro de 2004 - 12:56

De janeiro a outubro o pecuarista de Mato Grosso do Sul tem arcado com custos operacionais totais 11,96% maiores, segundo aponta o levantamento divulgado hoje pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura). A inflação que abateu o setor em Mato Grosso do Sul é maior que a média nacional, de 9,04%. Ao mesmo tempo, a valorização da arroba bovina ao longo do ano foi de apenas 2,91% e comparado ao ano passado é de zero. Hoje o pecuarista recebe em média R$ 61,00 pela arroba em Mato Grosso do Sul, enquanto a estimativa do setor é que nos últimos doze meses os custos tenham aumentado em 20%.
O sal mineral, importante insumo de produção, manteve o ritmo de alta na casa de 1%, conforme observado há quatro meses. Segundo o estudo, os derivados do aço continuaram em alta, acarretando aumentos de 21% nos insumos da construção/manutenção de cercas, nos 10 meses do ano. O encarecimento desses produtos também poderá reduzir a produtividade da pecuária, pois indica a precarização das instalações usadas no manejo. O diesel também aumentou em todas as regiões pesquisadas. Minas Gerais e Rondônia apresentaram os maiores reajustes, de 5%, enquanto as variações ficaram entre 3% e 4% no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. No acumulado de 10 meses, o diesel foi reajustado em 9,6%. Quanto aos lubrificantes, os consumidores mineiros pagaram 1,7% mais caro em outubro e os paraenses 3,85% a mais. Nos demais Estados, os preços dos produtos mantiveram-se praticamente estáveis. As vacinas tiveram aumento médio de 0,83% nos nove estados pesquisados.
No balanço do ano, o custo efetivo aumentou 7,2% na média dos nove Estados incluídos na pesquisa e o custo total – que inclui os gastos com reforma de cercas e pastos, troca de máquinas, de implementos e reconstrução de casas entre outras benfeitorias de longa duração –, 9%. Mato Grosso do Sul, que detém o maior rebanho de corte do País, segue liderando o ranking dos maiores custos efetivos, com 9,9%.

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