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Custo da energia empaca crescimento de indústrias

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 09 de junho de 2005 - 12:48

Insumo básico na produção industrial, a energia elétrica tem empacado o crescimento de muitas das cerca de 10 mil indústrias de Mato Grosso do Sul, devido à tarifa elevada, segundo colocaram ontem os empresários do setor a representantes da Enersul, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), durante reunião na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
O representante da Aneel, Álvaro Mesquita, apresentou a planilha de custos, explicando que somente 33% do faturamento fica com a empresa, o restante são impostos e gastos com a própria compra de energia. Só o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Serviços e Mercadorias) varia de 17% a 25% dependendo do caso.
Além disso, destacou, a densidade de moradores por quilômetro quadrado de rede em Mato Grosso do Sul é de apenas dois clientes, uma das menores do País e fator encarecedor da energia. Mato Grosso do Sul tem 70 mil quilômetros quadrados de rede.
O presidente da Fiems, Alfredo Fernandes, destacou que a energia é custo básico na produção e que a intenção da reunião foi de chamar a atenção do governo e setor empresarial para as dificuldades que o setor industrial têm com as altas tarifas, especialmente em função de tributos. “A Aneel apresentou cálculos e as razões deles. Ficou a nossa posição de dificuldade”, afirma. Questionado se os conflitos na Bolívia não poderão impactar de forma negativa no interesse dos empresários pelo gás natural, Fernandes disse que a questão deve ser analisada com cuidado, mas acha que é momentânea e deve se resolver de forma que contemple todos os interesses.

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