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Cúpula do PT me pressionou para calar, diz Valério

Malu Prado/Campo Grande News - 16 de agosto de 2005 - 08:15

O empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do “mensalão” por ter feito repasses milionários a partidos, afirmou que omitiu muitos fatos no depoimento à CPI dos Correios, porque foi pressionado por integrantes da cúpula do PT para não falar sobre os empréstimos que financiaram o caixa 2 eleitoral do partido.

A informação foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Valério disse que foi procurado, antes de seu depoimento, pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, pelo ex-secretário-geral Silvio Pereira e o ex-presidente José Genoino. Os petistas teriam pedido para Valério se calar.

Valério também reafirmou que o publicitário Duda Mendonça recebeu dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral, como pagamento por serviços prestados ao PT nas eleições de 2002. Segundo ele, Mendonça mantinha contas no exterior antes da campanha que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de receber dinheiro irregular.

Marcos Valério se disse pronto para uma acareação com Mendonça, mas disse acreditar que a mesma não será necessária por conta dos fatos. Sobre o pagamento a Duda Mendonça, Valério se isenta de irregularidades quanto à suposta lavagem de dinheiro, dizendo que se restringiu a entregar 22 cheques a Duda. O empresário também nega ter viajado na companhia de Delúbio a Portugal.

O empresário também disse que todo o dinheiro que abasteceu as campanhas do PT e de aliados tem procedência privada, e não pública, por conta das suspeitas de desvio de recursos de estatais e contratos publicitários superfaturados.

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