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Culinária: entenda a diferença entre os 5 tipos de palmito

Nova Safra - 17 de janeiro de 2020 - 13:00

Muitas pessoas amam palmito, afinal é um produto saboroso, e que pode ser usado em diversos pratos. Mas no momento de adquirir esse item você pode se deparar com diferentes tipos, o que algumas vezes dificulta a escolha da melhor opção para sua receita. Além disso, várias pessoas questionam de onde vem o palmito.

Origem, textura e sabor são algumas variações entre os palmitos que podem ser um diferencial na elaboração do prato. Confira neste post 5 tipos de palmitos, com suas principais características e peculiaridades, para que você se sinta mais seguro na hora de escolher esse ingrediente. Boa leitura!

1. Palmito pupunha: o mais comum entre os tipos de palmitos
O palmito pupunha é o mais comum no mercado e é o que apresenta maior sustentabilidade, pois, ao contrário dos outros tipos de palmitos, ele possibilita o replantio em um menor espaço de tempo e a árvore não morre após ser cortada.

A pupunha tem origem em diversos países da América do Norte, Central e Sul. Além disso, é rica em proteína, fibras, alguns minerais e baixo teor de gordura. Esse alimento é bastante utilizado no desenvolvimento dos ossos, colabora na saúde dos olhos e no sistema imunológico.

Tem sabor agradável, uma consistência fibrosa com miolo macio e baixo teor de calorias. Normalmente não escurece, pois não tem propriedades antioxidantes, ou seja, é apropriado para saladas e receitas nos quais o palmito é servido cru. Também pode ser item em receitas como pupunha empanada e carpaccio.

Uma interessante receita que pode ser feita utilizando a pupunha é na forma assada e coberta com ervas, sal e um pouco de azeite. É necessário levar o prato ao forno e aguardar por aproximadamente 30 minutos ou até que o miolo da pupunha amoleça. Você pode apreciar esse prato como petisco ou servido com outros alimentos.

2. Palmito juçara: ameaçado de extinção
O palmito juçara é natural da Mata Atlântica e costuma ser mais vistoso e carnudo, se comparado aos outros tipos de palmito. É um palmito observado frequentemente do Rio Grande do Sul até a Bahia.

Contudo, devido a extração ilegal em massa, é uma espécie de palmito ameaçada de extinção. Na sua produção, é aproveitado apenas dez por cento da palmeira, a planta acaba morrendo no momento do corte e seu ciclo de plantio pode demorar até dez anos para o desenvolvimento da espécie adulta.

Uma alternativa que tem sido bastante praticada e estudada é o processamento da polpa dos frutos da palmeira juçara, se tornando um componente interessante para ser usado em uma bebida semelhante ao açaí em cor, sabor e textura, chamado juçaí.

Uma boa receita que pode ser feita usando o palmito juçara é uma torta salgada, utilizando o palmito como recheio juntamente com tomate picado, cebola, alho, azeitonas, salsinha, orégano, molho inglês, ervilhas e queijo ralado. Risotos e massas com esse item também são bem saborosos.

3. Palmito açaí: alternativa ao palmito juçara
Com uma consistência macia e suculenta, esse palmito é parecido com o juçara. É originário da Mata Atlântica e se destacou no mercado quando o juçara ficou ameaçado de extinção. O estado do Pará é o que mais produz esse tipo de palmito, que tem como aspecto principal as suas fibras naturais e toletes mais consistentes.

Apesar da extração do palmito açaí ser baseada na exploração, é menos prejudicial do que a extração do juçara, permitindo que a extração ocorra de forma alternada entre as árvores. A colheita desse produto pode levar até 4 anos e após ser cortado, esse tipo de palmito rebrota.

Assim como o pupunha, é um dos diferentes tipos de palmitos mais presentes no mercado. O arroz com palmito de açaí é uma deliciosa receita que pode ser feita usando esse item. Para isso, basta aquecer uma panela com óleo em fogo alto, refogar cebola e alho até dourar. Depois, é só juntar o palmito e acrescentar o arroz, água, leite e tempero a sua escolha. Cozinhe os ingredientes por 12 minutos até que o arroz fique macio e o líquido seque.

4. Palmeira Real: sabor brando e delicado
O palmito extraído da palmeira real é mais rara, no entanto, oferece um produto de textura macia, cor branca e sabor leve, entre o amargo e o doce. Originária da Austrália, mas que se adaptou muito bem ao solo e clima brasileiro, a palmeira real era utilizada para fins ornamentais e só depois descobriu-se seu potencial para a produção de palmito.

Uma receita que pode ser feita utilizando o palmito da palmeira real é a pizza de carpaccio de palmito. Para isso, basta desenvolver a massa básica de pizza — com farinha de trigo, fermento, sal, manteiga e leite — e o molho com tomates, alho, cebola e sal. Já o carpaccio é feito com aproximadamente 300g de palmito da palmeira real, tomate, queijo, cebola, orégano, sal a gosto e azeite.

5. Guariroba: palmito incomum e peculiar
Esse é um palmito tipicamente brasileiro, bastante exótico e muito pouco conhecido. Contém uma textura vigorosa e, por isso, precisa ser cozido antes do seu consumo. Tem um sabor amargo, que harmoniza muito bem com carnes e ingredientes ácidos.

Sua ocorrência se dá principalmente nas florestas e cerrados do Brasil, em estados como Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Paraíba, Ceará, Tocantins e alguns países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.

É um ingrediente extremamente comum em receitas da culinária Mineira e Goiana, combinando com frango caipira e carne de porco. Dessa forma, a guariroba refogada pode ser uma solução bastante saborosa. Para isso, refogue no óleo os seguintes ingredientes: alho, cebola e o palmito guariroba. Por fim, acrescente um pouco de água e deixe em fogo baixo por aproximadamente cinco minutos. Cheiro verde para finalizar pode dar um toque todo especial a receita.

Dicas para escolher
Independentemente do tipo de palmito, é importante ter alguns cuidados na hora de escolher o ingrediente. Opte por potes de vidro em lugar de enlatados, assim você pode verificar a consistência visual do palmito, a textura e o tamanho.

Não compre se você identificar que a água tem alguma cor estranha e nem se o produto estiver flutuando, pois isso pode significar que ele está com deficiência de oxigênio e, portanto, estará duro. Além disso, se ao pegar a embalagem a tampa estiver inchada ou deformada, há enormes chances de o palmito estar infectado com alguma bactéria.

Por fim, compre apenas produtos que apresentem registro no Ministério da Saúde e IBAMA na embalagem. Isso indica que o produto é ecológico e provém de uma plantação planejada. Conhecer as diferenças entre os palmitos é importante para a elaboração do prato, visto que cada um apresenta texturas, sabores e tipos de cultivo diferentes.

Portanto, agora que você descobriu de onde vem o palmito, não deixe de experimentar os seus diferentes tipos. Eles podem ser encontrados facilmente em supermercados e empresas de food service, e a escolha certa pode dar um toque especial aos seus pratos.

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