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Cuidado motorista: novos radares em Campo Grande

Nadyenka Castro e Paulo Fernandes/Campo Grande News - 15 de novembro de 2008 - 08:38

Em uma semana de multas para valer nas ruas de Campo Grande, os radares recém instalados em 8 pontos da cidade já flagraram 23 motoristas acima da velocidade permitida. Já o equipamento móvel, que vai fiscalizar 52 vias alternadamente, flagrou em 4 dias 4,3 mil infrações, porém, em fase de testes. Anteriormente o diretor da Agetran havia dito que eram 450, mas o número foi corrigidopela prefeitura.

Nesta semana o radar móvel mostrou absurdos, mas já conhecidos causadores de mortes no trânsito da Capital. Na quarta-feira, o equipamento registrou um Pálio a 123 Km/h na Avenida Norte/Sul, próximo ao ginásio Guanandizão, onde a velocidade permitida é 60Km/h. Quinta-feira, um motociclista foi flagrado a 110 Km/h na Afonso Pena, no viaduto da Rua Ceará.

Sobre os pontos fixos, ao contrário do que a própria Agetran (Agência Municipal de Trânsito) havia informado, os flagrantes começaram antes do dia 10 de novembro. Deste o dia 5 os registros são feitos e no máximo, até 5 de dezembro os motoristas infratores devem receber as notificações em casa.

O número é considerado pequeno pelo diretor da Agetran, Carlos Lanteri, diante da enxurrada de flagrantes durante os 30 dias em que os equipamentos funcionaram apenas em testes.

Do dia 4 de outubro, a 4 de novembro, 620 fotos foram registradas pelos radares fixos, mas sem validade para multas. Segundo a Agetran, a maior proporção foi nos primeiros dias de funcionamento.

Em um cálculo rápido, levando em consideração os flagrantes feitos pelos 9 radares fixos e pelo aparelho itinerante, apenas no período de testes, se fossem para valer, as multas já teriam rendido quase R$ 435 mil à prefeitura, levando em consideração apenas o valor mais baixo da multa, quando o excesso não supera 20% do máximo permitido. Isso representaria mais de R$ 5,2 milhões ao ano.

Pela lei, em vias de velocidade permitida de 60km/h, o motorista que ultrapassar em até 20%, ou seja, atingir 72km/h, a multa é de R$ 85,13. Já para quem for flagrado em entre 72 e 90km/h, o valor sobe para R$ 127,69. No caso de velocidade superior a 50% do permitido, acima dos 90km/h, o prejuízo é de R$ 574,59.

Na avaliação de Lanteri, o cálculo da arrecadação não pode ser feito dessa forma, porque a medida em que os motoristas tomarem consciência da presença dos equipamentos, a velocidade também diminuirá, e conseqüentemente haverá redução de multas.

Sobre a falta de faixas educativas, como na avenida Três Barras, e o fato da Agetran não ter cumprido a fase de notificações apenas de alerta aos infratores, antes de multar, Lanteri contesta. “Houve muita divulgação”

Em relação à comunicação alertando sobre a possibilidade de multa, a explicação é economia. “Seria muito caro mandar para todo mundo”, justifica.

O diretor garante que 10%, dos que cometeram infração na fase de testes receberam a notificação em casa, o que representa 62 pessoas. Ao mesmo tempo, informa que pelo menos 100 foram comunicadas.

Os motoristas que foram multados por excesso de velocidade têm de ser notificados em no máximo 30 dias, senão perde a validade, conforme determina a lei. Após receber o documento, a pessoa tem mais 30 dias para entrar com recurso.

Os radares fixos estão instalados na Via Parque, na altura do número 391, com avenida Santa Bárbara, sentido Centro; Via Parque com rua Pernambuco, sentido Centro; avenida Três Barras, na altura do 345, sentido Centro e na altura do 1429, sentido bairro; na avenida Manoel da Costa Lima, 782, sentido Bairro e na altura do número 863, sentido Centro; na Via Morena, 6369, sentido Centro; e avenida Rachid Neder.



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