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Cuidado: está na época do rotavírus

Bruna Girotto - 15 de maio de 2007 - 14:30

Mais perigoso do que muitos pensam, o rotavírus é responsável pela maior parte das mortes ocasionadas por doenças diarréicas agudas em crianças de todo o mundo. Entre os meses de maio e junho, os hospitais recebem um número maior de crianças com esta doença, devido à mudança climática. “Durante estes meses, em média, de 100 atendimentos diários, 30 crianças estão com rotavírus. E, 50% dos leitos são ocupados pelas crianças que estão em estágio mais grave desta doença”, diz o médico do Hospital da Criança de Campo Grande(MS), Benedicto Anache. O rotavírus é responsável por causar surtos nas pré-escolas, berçários e creches de todo o mundo.

“Até chegarmos ao hospital, ela havia vomitado cinco vezes”. Este é o relato da mãe de Iasmin, Cecília Gabriel Pereira, de 24 anos, estudante de direito. Somente em 2005, sua filha de 3 anos e meio, já teve o rotavírus duas vezes. “Minha filha ficou internada na primeira vez, porque eu não tinha conhecimento da doença, e demorei algumas horas para levá-la ao hospital. Na outra vez, ela começou a vomitar e eu já levei”.

Segundo o site do Ministério da Saúde, o rotavírus causa uma diarréia grave e vômito, sendo atingidas, em sua maioria, crianças de até cinco anos de idade. Os adultos podem estar sujeitos a manifestar a doença, mas de forma mais moderada.

Luciana Pereira da Costa, de 35 anos, estudante de publicidade e propaganda tem um filho de 3 anos e 2 meses que já teve o rotavírus. “O Felipe estava com febre, vômito constante e moleza.”, conta. “Quando fomos ao hospital, havia sete crianças na frente dele, e nas três horas em que esperamos na fila, ele vomitou várias vezes, levando-o à desidratação”. A criança foi internada, tomou soro e medicação injetável para obtenção de uma resposta mais rápida. Depois, de dois dias recebeu alta hospitalar.

No dia 6 de março de 2006 teve início a vacinação contra o rotavírus pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 23 estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul. São aplicadas duas doses da vacina, uma em crianças com dois meses e outra com quatro meses de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil foi o primeiro país no mundo a introduzir esta vacina na rede pública. As outras crianças que têm mais de quatro meses devem pagar pela vacina, em hospitais privados.

“Uma das vantagens da vacinação contra o rotavírus é a longo prazo. As crianças imunes não são portadoras as demais, assim, em cinco anos, por exemplo, irá diminuir o número de casos desta doença”, relata o médico Benedicto Anache. “Vale ressaltar que o rotavírus é causado por diferentes vírus, e esta vacina atinge apenas alguns destes vírus. Porém, a possibilidade da criança vacinada pegar a doença é bem menor do que aquela que não tomou a vacina”.

Havendo a suspeita pelos pais de que a criança está com o rotavírus (vômito constante, diarréia, febre), devem suspender a alimentação, dar pequenas doses de soro caseiro, em intervalos curtos, para evitar a desidratação, e levá-la imediatamente ao hospital.

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