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Cuiabá: Pânico, corre-corre, tiros, 2 bandidos mortos e um trabalhador assassinado

José Ribamar Trindade e Izabela Andrade, 24 horas news - 30 de agosto de 2011 - 05:29

“Eu vi a morte de perto”. “Imaginei que estava no meio de uma guerra”. “Tudo isso está acontecendo faz tempo e as coisas ainda vão piorar ainda mais porque os bandidos sabem que em Mato Grosso não existe segurança”. Foram dezenas de desabafos após as cenas de bangue-bangue e muita violência em um dos locais mais movimentados de Cuiabá

Mesmo baleado o suposto assaltante Thiago Henrique da Silva, o “Tiaguinho”, de 24 anos, ainda teve tempo e coragem de roubar um carro. Dirigiu até perder os sentidos e bater contra a traseira de um caminhão e cair morto. O segundo suposto assaltante morto foi identificado como Luiz Fernando de Almeida, o Fernandinho, de 21 anos. Um terceiro assaltante fugiu baleado e ainda não foi identificado.

O segurança bancário morto na troca de tiros com os bandidos foi identificado como Paulo Perpetuo Correa, de 24 anos. O segundo trabalhador baleado e que continua em estado muito grave e que é Waldenil Nogueira de Matos, de 31 anos. Waldenil chegou a ser dado como morto.

A terceira vítima foi o segurança Alex Benedito Figueiredo, que levou um tiro na perna e foi levado direto para um hospital particular, mas não corre risco de morte.

No local, segundo a Polícia Militar foram apreendidos dois revólveres calibre 38. Um terceiro assaltante estaria usando uma pistola de calibre ainda desconhecido.

O assalto e o tiroteio começou por volta das 16 horas desta segunda-feira (29), quando dois carros fortes de uma empresa de transportes de valores chegaram para abastecer os caixas eletrônicos de um banco na Galeria Itália localizada na Avenida Fernando Correa da Costa com a Avenida Brasília, em frente ao Shopping Três Américas, no bairro do mesmo nome.

Parecia uma “guerra”. Corre-corre, tumulto, pânico, tiros e quatro pessoas mortas – até então o segurança Waldenil aparecia para a Polícia como morto -, e outras três baleadas, uma dela em estado gravíssimo.

O tumulto, que por muita sorte os tiros não atingiram outras pessoas com balas perdidas e algumas, por milagre não foram atropelados por veículos durante o corre-corre, aconteceu durante uma tentativa de assalto a um carro-forte na Galeria Itália, área central de Cuiabá.

A troca de tiros teve início quando o segurança uma transportadora de valores que abastecia um caixa eletrônico de uma agência bancária reagiu à tentativa de assalto. Na galeria funciona além de caixas eletrônicos o banco Santander e o Bradesco.

Durante o tiroteio três seguranças da empresa Prossegur foram baleados. O primeiro (Paulo) não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da galeria, o outro levou um tiro na cabeça e foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto-Socorro, mas também teria ido a óbito.

Um terceiro segurança da transportadora foi ferido na perna está gravemente ferido. Ele foi levado para um hospital particular.

Pelo menos quatro assaltantes estariam envolvidos na ação criminosa. Eles foram alvejados e dois morreram. Um dentro da galeria e outro mesmo

Policiais do Primeiro Batalhão e da Rondas Ostensivas Metropolitanas (Rotam), inclusive com apoio de um helicóptero foram mobilizados e fizeram em buscas na região na tentativa de capturar outros assaltantes que fugiram a pé.

Na operação da Polícia Militar, um homem suspeito de dar apoio aos bandidos foi detido e transferido para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc-Oeste) do Verdão que está sendo transformado na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRRF) que tem como titular o delegado João Bosco de Barros.

O entorno do Shopping Três Américas e da Galeria Itália foi fechado para circulação de veículos por mais de quatro horas para que os peritos da Perícia Oficial (Politec) fizessem a pertícia criminal.


O delegado João Bosco também esteve no local com uma equipe DNA nova DRRF para acompanhar os trabalhos de perícia e dar início as investigações.

O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) informou que em contato com bancários que trabalham nas agências da galeria, o clima é de insegurança e medo. Durante a ação, trabalhadores que estavam na agência deitaram no chão com medo dos tiros disparados.

Os dados do SEEB-MT explicitam o quanto os bandidos estão encontrando facilidade para arrombar caixas eletrônicos. São mais de 60 caixas que sofreram ataques com dinamites, maçaricos e outros artefatos.

Outra consequência dessas ações criminosas, segundo ainda o Sindicato dos Bancários, são as pessoas que são feitas reféns, as troca de tiros que colocam a vida de todos em risco e a insegurança que paira no ambiente.

Algumas das testemunhas que presenciaram a ocorrência ainda estão abaladas e necessitaram de atendimento médico. O trânsito só foi liberado após às 20 horas. Pelo menos três pessoas sofreram ferimentos leves durante o corre-corre, e duas delas passaram mal.

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