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Geral

Crônica do Corino - Microcrônicas

Corino Rodrigues Alvarenga - 03 de novembro de 2006 - 06:56

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Microcrônicas

Joventino procura Carcamano.
- Você é meu amigo até o fim?
- Sou, claro!
- Tem certeza? É amigo até o fim mesmo?
- Claro, claro! Já disse: sou seu amigo até o fim.
- Me empresta R$ 500, 00 aí.
- É o fim.

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- Este é o meu filho Joãozinho.
- Já batizou em seu nome?
- Já.
- Já registrou em seu nome?
- Já.
- Já matriculou na escola?
- Já.
- Então, se você matriculou, ele é seu filho mesmo. Pai é o que matricula. Não parece, mas é.

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- Estou traindo a minha mulher, padre.
- E ela sabe disso, meu filho?
- Não. Tenho certeza que não.
- Então diga a ela.
- De jeito nenhum, padre. Ela iria fazer escândalo. Mulher não guarda segredo. Já padre, não. Padre guarda os segredos da confissão, pois são sagrados.
- Quem foi que te disse isso, meu filho?

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- Amor, vamos jantar fora hoje?
- Claro, claro, amor!
- Agora?
- Agora. Por via das dúvidas, veja se não está chovendo lá no quintal.

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No salão de cabeleireiro:
- Você se lembra o nome do deputado federal em que votou na última eleição, loira inteligente?
- Não. E eu é que sou burra, é? Como vou saber o nome, se eu votei foi no número dele?
- E qual é o número, loira inteligente?
- Não sei. Joguei fora todas as quatro colas que fiz.
- E por que quatro colas?
- Ora, bolas! Pus um número em cada papel. Como você é burra, morena! O voto, afinal, não é secreto? Eu sou inteligente, morena burra: usei um código secreto e votei. Então...

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Na escola, a professora pergunta a Mariazinha:
- Mariazinha, quantas maçãs tem sobre a mesa?
- Cinco, fessora.
- Juquinha, se eu comer uma, quantas ficam?
- Cinco, fessora.
- Como cinco?
- Quatro na mesa e uma na barriga.

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- Minha mulher é linda e tem um corpo de violão!
- É verdade, é verdade. Concordo.
- Já a sua é gorda e muito feia!
- É verdade, é verdade.
- E você não diz nada para se defender?
- Não, de jeito nenhum. A sua mulher, quando estamos no motel, sempre me recomenda para ser equilibrado e diplomático diante da sua língua venenosa.
- Eu vou te quebrar agora! Vamos lá pra rua, safado!
- Não, não. A sua mulher também me recomendou para não brigar.
- Espera aí, sacana: vou te dar três tiros na cara agora? E agora vai correr?
- Correr ela disse que pode, sim. Tchau. Fui.

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