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Cromossoma C282y pode estar associado a varizes

Agência Notisa - 05 de outubro de 2005 - 06:50

Avanços no tratamento e diagnóstico de complicações vasculares diminuem a dor e evitam reincidências, afirmam pesquisadores da Itália, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos.

Complicações vasculares acometem um grande número de pessoas em todo mundo. Tratamentos inadequados ou diagnósticos imprecisos podem prolongar a dor do paciente e até mesmo levá-lo à mesa de cirurgia. Para discutir os avanços na área, especialistas estão reunidos no Rio de Janeiro para o 15º Congresso Mundial da União Internacional de Flebologia. O evento acontece vai até o dia 7 de outubro, no Riocentro.


Veias varicosas acometem de 20 a 30% da população caucasiana mundial. Segundo o médico P. Zamboni, da Universidade de Ferrara, na Itália, aproximadamente 10% dos casos evolui para úlcera. Estudos recentes apontam que uma mutação no gene C282y (envolvido com o metabolismo do ferro) pode esta associada à patogênese da úlcera venosa. Pacientes com úlcera apresentaram hemossiderina na urina e altas taxas de ferro no sangue. A sobreposição das condições aumenta os riscos de desenvolver o problema. “O tratamento consiste em cirurgias superficiais, quando necessárias, além do uso de meias compressivas. Também é preciso evitar alimentos ricos em ferro”, disse Zamboni.

A recorrência de veias varicosas, depois de tratamento apropriado, é comum nos consultórios médicos especializados. Aproximadamente 25% dos atendimentos são feitos em pacientes cujas veias já receberam tratamento anterior. Um mesmo local pode voltar a apresentar veias varicosas por apresentar resíduos de varizes antigas ou devido ao desenvolvimento de novas. De acordo com o medico J. Fernandes e Fernandes, diretor do Instituto Cardiovascular de Lisboa, “a doença venosa pode estar relacionada à história familiar, obesidade, gravidez ou cirurgia inadequada”. A falha no diagnóstico da doença pode levar a uma cirurgia não indicada, afirmou o professor. Estudo realizado na década de 70 com membros inferiores de 1640 pacientes mostrou que mais da metade destes apresentavam incompetência vascular em vários locais. “A incisão cirúrgica realizada no local correto previne a recorrência”, disse o médico.

A trombose da veia profunda acomete, por ano, uma a cada 1000 pessoas. Os sintomas da pós-trombose são dor e ulceração no local. Segundo K. G. Burnard, do Hospital St. Thomas, Inglaterra, “a rápida resolução do problema diminui as chances de surgimento das síndromes pós-trombóticas”. O médico Mitchel Goldman, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, realiza há três anos, o uso do laser para o fechamento de veias. O primeiro aparelho, utilizado na época, com ondas de 810 nm, causava muita dor e equimose (manchas roxas). No entanto, ele não havia sido projetado para ser inserido na veia. Sendo assim, Goldman pediu ao fabricante que produzisse um aparelho com 1320 nm, específico para veias. “O novo laser evita a perfuração da veia e conseqüente dor. Com o tempo, acredito que ele substituirá bisturi e linha para este procedimento”, afirmou.

Agência Notisa (jornalismo científico – science journalism

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