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Crise nos presídios de MS derruba comando da Agepen

Graciliano Rocha e Alessandro Perin/Campo Grande News - 31 de março de 2007 - 19:03

O diretor-presidente da Agepen (Agência Penitenciária de MS), Luiz Carlos Telles, foi afastado do cargo. Quem assumirá o comando da agência é o tenente-coronel da Polícia Militar Hilton Villasanti, de acordo com informação apurada pelo Campo Grande News.

As mudanças no comando do sistema penitenciário do Estado serão oficializadas na segunda-feira, quando serão publicados os editais de exoneração de Telles e o de nomeação do substituto.

Telles comandava a agência desde o governo Zeca do PT e foi mantido no cargo. Ele não resistiu à pressão e caiu 21 dias depois que 38 detentos fugiram da delegacia da Polinter, em Campo Grande, levando armas e até uma viatura da polícia.

A confiança do secretário de Segurança Pública Wantuir Jacini em Telles também foi minada após a revelação do escândalo da Colônia Penal de Campo Grande. Detentos deixavam o estabelecimento para cometer assaltos e era livre a circulação de telefones celulares, armas e drogas. Até garotas de programa eram recebidas durante a note pelos presos.

A situação de Telles na Agepen já vinha sendo tema constante das conversas entre Jacini e o governador André Puccinelli (PMDB). No dia 14 de março, ainda sob o impacto político da fuga da Polinter, o governador afirmou que a permanência de Telles estava nas mãos do secretário.

O decreto que exonera Telles está pronto desde a tarde de sexta-feira. Ele foi comunicado da decisão pelo secretário. Hilton Villasanti está há 28 anos na corporação e atualmente estava lotado no Comando Geral da PM.

Campo minado - O sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul é um dos principais abacaxis da agenda de segurança pública do governo. São 37 estabelecimentos penitenciários abrigando 10 mil detentos, onde deveriam estar pouco mais de 4 mil.

Nas principais prisões do Estado as autoridades já detectaram a infiltração de facções criminosas. No ano passado, o sistema foi sacudido por cinco rebeliões simultâneas articuladas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

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