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Crise na JBS abre espaço para pequenos frigoríficos

Correio do Estado - 26 de junho de 2017 - 10:40

A crise que se instalou na gigante do setor de alimentos, a JBS, pode favorecer as empresas de menor porte em Mato Grosso do Sul. Enquanto os abates na JBS recuaram 19,5% nos últimos dois meses, o volume de abates nas indústrias de pequeno e médio porte teve aumento de 4,4%. Conforme estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre os meses de abril e maio deste ano, a JBS abateu 202,7 mil animais, contra 252 mil abates registrados em fevereiro e março. Em contrapartida, entre os concorrentes, os abates saltaram de 288,7 mil animais, de fevereiro a março, para 301,5 mil nos últimos meses.

Somente em maio, os abates cresceram 10%, passando de 143,5 mil para 157,9 mil cabeças. Neste mesmo período, a JBS também apresentou retomada dos abates, passando de 73,6 mil (abril) para 129 mil (maio), 75,2% de alta, que se deve, principalmente, à retomada das atividades nas unidades até então paralisadas. O pior período da empresa no Estado, ainda segundo o relatório, foi o mês de abril, quando os abates caíram de 132,8 mil ( março) para 73,6 mil. A redução aconteceu logo após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Naquele mês, a companhia suspendeu, por 30 dias, os abates em três frigoríficos: Nova Andradina, Anastácio e Naviraí.

Para o presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes), João Alberto Dias, além das notícias envolvendo a companhia, a política de só comprar o gado a prazo também pode ter impactado nesse resultado. “Temos percebido uma redução das escalas da JBS e aumento das dos demais frigoríficos. É um efeito gangorra. Isso, talvez, seja uma situação momentânea, em função das notícias que estão saindo na mídia”, destacou João Dias.

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