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Geral

Crise financeira reduz expectativa de investimentos

Stênio Ribeiro/ABr - 10 de maio de 2004 - 10:19

As especulações negativas em torno do mercado financeiro internacional, na semana passada, interferem da mesma maneira também para a economia no âmbito interno. Em especial quanto a redução dos investimentos estrangeiros diretos, como mostra pesquisa do Banco Central, realizada na última sexta-feira junto a uma centena de instituições e analistas de mercado, e divulgada hohe pela instituição. A perspectiva de investimentos externos neste ano, que há um mês era de US$ 13 bilhões, caiu agora para US$ 12,35 bilhões.

O nervosismo do mercado não afetou, porém, o comportamento das vendas no varejo. As expectativas de inflação até caíram um pouco. A previsão anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que estava em 6,17%, na semana anterior, está, agora, em 6,12%, e o prognóstico de correção dos preços administrados, que era de 7,20%, também cedeu um pouco, para 7,15%. No atacado, porém, a expectativa é de aumento, com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) saltando de 8,68% para 8,82% no intervalo de uma semana.

A perspectiva de aumento das taxas de juros norte-americanas, a redução do aquecimento da economia chinesa, a crise no Oriente Médio e a conseqüente elevação nos preços do petróleo, segundo o BC, geraram cenário desfavorável também em relação à dívida líquida do setor público. O comprometimento da dívida foi projetado em 56,50% do Produto Interno Bruto (PIB), durante dois meses, e a expectativa, hoje, é de que aumente para 56,60%. O mercado mantém, porém, a projeção de 55% para 2005.

Embora o dólar tenha alcançado cotação de até R$ 3,06, na última sexta-feira, os analistas de mercado entendem que a elevação deve ser passageira e o câmbio vai refluir ao patamar normal. Por isso, mantêm a perspectiva de R$ 3,05 no encerramento do ano, devendo chegar a R$ 3,20 no final do ano que vem. O mercado mantém a expectativa de continuidade do processo de flexibilização da política monetária, com redução de mais 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no próximo dia 19, de modo a que a taxa Selic caia para 14% ao ano até dezembro.

A pesquisa do BC revela perspectiva de aumento do saldo de conta corrente com o mercado externo. A previsão de superávit de US$ 1,2 bilhão, há um mês, foi elevada para US$ 1,5 bilhão, na semana passada, e agora dá um pulo para US$ 2 bilhões, graças, em grande parte, à previsão, cada vez mais firme, de que o saldo da balança comercial deste ano será de U$ 25 bilhões (US$ 22 bilhões, em 2005). Em 2003, foram contabilizados US$ 24,8 bilhões.

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