O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome quer aumentar o número de brasileiros beneficiados por programas sociais. Para isso, já está implementando em alguns municípios o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O objetivo é unificar os programas, projetos, ações, benefícios e serviços de assistência social das três esferas do governo e de instituições privadas. Com a criação do SUAS, os recursos para as ações sociais do governo serão repassados do Fundo Nacional para o Fundo Municipal de Assistência Social. Dessa forma, as prefeituras poderão direcioná-los de acordo com as demandas locais.

Uma outra mudança é que os atendimentos serão centrados nas famílias, por meio dos Centros de Referência das Assistência Social (CRAS). A diretora do departamento de gestão do SUAS, Simone Albuquerque, explica que os CRAS serão unidades básicas onde será realizado o encaminhamento à rede de proteção social local, como abrigos e creches, por exemplo. “O SUAS vai unir as ações de assistência social no Brasil inteiro, que hoje são muito dispersas. Além disso, vai centrar o atendimento para as famílias. Os serviços de assistência social apoiarão as famílias brasileiras para que elas dêem conta de cuidar de seus membros mais vulnerabilizados, como crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência”, explica Albuquerque.

Com o novo modelo, os serviços serão divididos em proteção social básica e proteção social especial. O primeiro tipo vai atuar na prevenção de situações de risco que envolvam crianças, adolescentes, jovens, idosos, pessoas com deficiência e cidadãos em situação de vulnerabilidade. Já a proteção especial irá atender pessoas com vínculos familiares ou sociais rompidos, casos das populações de rua, crianças vítimas de abuso ou exploração sexual e crianças envolvidas em trabalho precoce.


Agência Brasil