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Geral

Criada a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue

Andréia Araujo/Agência Brasil - 25 de novembro de 2003 - 06:28

O número de doadores de sangue no Brasil está abaixo do necessário. Em 2002 foram coletados cerca de três milhões de bolsas de sangue, o que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), corresponde a menos de 2% dos brasileiros. A OMS calcula que são necessários de 3% a 5% da população.

Para conscientizar a sociedade da importância da doação de sangue, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje um decreto que cria a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que será comemorado sempre na última semana de novembro. A semana englobará o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que é comemorado no dia 25 de novembro.

De acordo com a coordenadora de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, Beatriz Macdowell, a criação dessa semana é importante para promover vários eventos, em parceria com outros ministérios e a sociedade civil, para sensibilizar a população para a causa da doação de sangue.

O ministro da Saúde, Humberto Costa, premiará, em Brasília, os campeões nas doações. Serão escolhidos um representante de cada região. O evento contará também com a participação de outros ministério que assinarão parcerias com a Saúde. Com a intensificação das campanhas de conscientização, o Ministério pretende aumentar em 2% as doações de sangue.

Macdowell acredita que as pessoas estão mais conscientes sobre a importância da doação e a segurança no processo de captação do sangue. Mas por outro lado, ela explica que essa consciência não está sensibilizando a população para doação. “Nós sabemos que as pessoas estão bem informadas sobre a doação, mas o importante é que as pessoas se mobilizem, se movimentem e vão doar”, disse

Pessoas com idade entre 18 e 65 anos podem ser doadores, desde que não tenham contraído malaria, doença de chagas, hepatite, ou apresentar comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis como HIV e a Sífilis.

Para quem não se encontra nas exceções, o procedimento de doação é bem simples: o primeiro passo é levar os documentos de identificação a um hemocentro próximo. Os médicos recomendam ao doador não comer alimentos muito gordurosos e dormir no mínimo 6 horas. Depois da identificação, o doador faz um teste para saber se está com anemia. Pessoas anêmicas não podem doar sangue. Se o resultado der positivo, o doador é encaminhado para atendimento médico. Também são feitas checagens dos sinais vitais e peso.

O doador passa ainda por uma entrevista confidencial que identifica se a doação pode trazer risco para o receptor e também se a pessoa cometeu alguma situação de risco, ou visitou alguma região endêmica de malária. Passando por todos esses testes, o doador é levado para a coleta, que retira cerca de 450 ml de sangue. Depois é servido um lanche.

O sangue coletado passa por uma série de exames. Todos os resultados são mandados para o doador completamente de graça. Porém a coordenadora alerta para que a doação não seja motivada somente pela obtenção de exames gratuitos. Segundo Macdowell, muitas pessoas que apresentam comportamento de risco buscam os hemocentros para obterem o exame de forma rápida e segura, porém mesmo com o resultado negativo, o sangue dessas pessoas tem que ser descartado, porque algumas doenças como a aids demoram algum tempo até ser detectado pelos exames. “Só procurem os hemocentros as pessoas que realmente estiverem dispostas a doar”, recomendou a coordenadora.

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