O CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) vai apertar o cerco contra estabelecimentos que não tem o farmacêutico responsável, portanto consideradas irregulares. Conforme informa a entidade, a partir de 1º de abril, a entidade só emitirá a certidão de regularidade a farmácias e drogarias que mantiverem os profissionais durante todo horário de funcionamento.

Em Mato Grosso do Sul existem 931 farmácias e drogarias, das quais 35%, ou seja, 323 estão em situação irregular perante a lei federal 5991, que trata da permanência do profissionais nos estanelecimentos.

O CRF/MS sustenta a medida argumentando que foi motivada altos índices de intoxicação por medicamentos e ilegalidades. Levantamentos feitos em 2004, pelo Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farcológicas) revelam que 384 pessoas no Estado ficaram intoxicadas após terem ingerido medicamentos inadequados.

O presidente do CRF/MS, Antônio José Paniago Neto, Tonzé, diz prevê até dezembro pelo menos cinco mil visitas a esses estabelecimentos. O trabalho envolverá Vigilância Sanitária Municipal e o Ministério Público, farmácias e drogarias que não se adequarem às normas podem ser notificadas, multadas e até fechadas.

Há pelo menos dez anos o CRF/MS alerta sobre as irregularidades do setor e o descumprimento da lei. A data para fim da emissão dar certidões aos irregulares foi definida após reuniões com representantes da Vigilância Sanitária Municipal e do Ministério Público