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CPMI quer que MP investigue tráfico de influência

06 de maio de 2008 - 16:22

Em reunião com a presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga o uso indevido dos cartões corporativos do governo federal, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), os deputados Índio da Costa (DEM-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), subrelatores da comissão, revelaram uma série de gastos supostamente irregulares com cartões utilizados por servidores federais.

De acordo com as informações dos deputados, há indícios de tráfico de influência envolvendo funcionários que teriam tido empresas de suas propriedades favorecidas com contratos governamentais. Eles informaram que os dados serão repassados para análise do MPF (Ministério Público Federal).

Carlos Sampaio e Índio da Costa afirmaram que Raimundo Luiz da Silva, funcionário do HUB (Hospital Universitário de Brasília), era sócio da empresa Gilvana Elétrica LTDA que, no período entre 2003 e 2007, recebeu R$ 113 mil. Desse total, R$ 77,4 mil foram repassados pela FUB (Fundação Universidade de Brasília) vinculada ao HUB.

De acordo com o relato dos deputados para a senadora Marisa Serrano, neste mesmo período a empresa Gilvana Elétrica Ltda recebeu mais vários repasses que variam de R$ 8 mil a R$ 19 mil de outros órgãos federais. Na visão dos deputados, a diferença entre os valores indica uma espécie de favorecimento da FUB para a empresa. "Fica difícil de dizer que aqui não há tráfico de influência", disse o deputado Índio. Além disso, de acordo com os parlamentares, esse servidor nunca utilizou o cartão corporativo na função crédito, tendo apenas realizado saques no valor de R$ 17 mil, entre os dias 27 de abril de 2006 e 19 de setembro do mesmo ano.

Para o deputado Índio, os saques com cartão do governo deveriam ser proibidos. "Qualquer saque com recurso público representa indício de irregularidade e não dá para fiscalizar", criticou. No outro caso apontado pelos deputados, a funcionária pública Fátima Aparecida de Souza era sócia da empresa Microservice. Segundo eles, em 2004 a servidora, que era professora da Universidade Federal de Rondônia, firmou contratos entre a empresa dela e a União na ordem de R$390 mil.





Jorge Franco com informações da assessoria

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