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CPMI nega pedido de assessor para depor em sigilo

20 de maio de 2008 - 14:31

Por 12 votas conta 7 a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga o uso indevido dos cartões corporativos do governo federal, negou agora há pouco o pedido do assessor do senador tucano Álvaro Dias (PR), André Fernandes, para depor em sessão sigilosa.

A alegação de André Fernandes era de que na sessão secretaria falaria aos parlamentares sobre ameaças feitas por José Aparecido Nunes Pires, apontado como vazador dos dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

"São cinco fatos que eu prefiro narrar em sessão sigilosa para proteger a honra das pessoas. São acusações que ele me fez e que não devo fazer em público", disse. Segundo ele, as coisas que ele tem a dizer "vão além do dossiê".

O pedido de Fernandes gerou polêmica e causou tumulto no plenário da CPMI. Os ânimos ficaram alterados e houve um princípio de bate-boca entre governo e oposição.

Para a senadora Ideli Salvati (PT-SC), o pedido de Fernandes em si já revela crime, pois ele já prestou depoimento à Polícia Federal e, em tese, deveria ter dito tudo o que sabe sobre o assunto. "Ele tem que falar em público, em sessão aberta", defendeu.

O senador Álvaro Dias, mais uma vez, saiu em defesa de seu funcionário: "o fato dele pedir uma sessão secreta, não significa que ele se omitiu no depoimento a Polícia Federal. Não vejo mal algum que se ofereça a oportunidade, acho que é uma postura de responsabilidade e de maturidade. Revela seu caráter ilibado", disse.

Uma sindicância da Casa Civil apontou o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Pires, como o responsável pelo vazamento dos dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo as investigações, ele trocou e-mails com André Fernandes, anexando o suposto dossiê às mensagens. Pires confirmou a troca de e-mails, mas negou ter enviado o arquivo.

Presidente da CPMI, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) encerrou a polêmica colocando em votação o pedido de sessão secreta, que foi negado com os votos da base aliada do governo, que derrotou a oposição por 12 a 7.

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