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Costa Rica pode decretar estado de emergência

Sabid de Oliveira - 10 de março de 2005 - 10:48

O município de Costa Rica, localizado na tríplice fronteira de MS/GO e MT, que em 25 anos de existência pela primeira vez na história, entrou na rota da seca, poderá decretar estado de emergência por perdas na principal fonte econômica do município, a agricultura. A informação é do engenheiro agrônomo Marcelo Viscardi da Silva que na segunda-feira (14) estará reunindo 40 produtores rurais, técnicos, Sindicato Rural e as autoridades locais às 19h, na Escola Joaquim Faustino Rosa para reavaliar os índices de perdas na lavoura e formular em ata o pedido ao prefeito do município Waldeli dos Santos Rosa.

Das 136 mil hectares de lavouras plantadas no município, 15% do milho que está sendo colhido apresenta quebra; o Algodão também tem perca de 15%; O arroz chegou à casa de 70% de perda e a soja, alcançou 40% de quebra.

Na primeira avaliação feita o milho tinha quebra de 5%, o arroz 50% e a soja 30%. A única cultura que permaneceu com o índice foi o algodão com os mesmos 15% iniciais. O milho saltou de 5 para 15%; o arroz de 40 para 70% e a soja, saiu de 30 para o índice de 40% de perca nas lavouras.

Em 2005, Costa Rica plantou 95 mil hectares de soja; 23 mil hectares de algodão; 15 mil hectares de milho e três mil hectares de arroz. A produtividade estimada da safra seria de 475 mil e 800 toneladas de grãos, mas com a perca, os números podem ser diferentes, podendo provocar transtornos e impactos na economia do município.

De acordo com Viscardi, as chuvas que caíram nos últimos dias no município foram de forma isolada, em alguns pontos choveu 20 milímetros, outros 02 e em outros nenhum. Pouco representou para o agricultor. A média de precipitação de chuva em fevereiro de 2004, em Costa Rica foi de 240 milímetros e nesse mesmo período de 2005, isso não aconteceu. Em algumas lavouras não chove há mais de 30 dias. A única região do município que teve menos impacto com a seca foi a de Baús.

Um dos principais problemas com a falta de chuva e o calor intenso é que a planta morre antes mesmo de completar o ciclo, ocasionando um grande numero de grãos verdes entre os secos. O resultado: maior prejuízo para o agricultor que já tinha preço abaixo do custo de produção e, agora, enfrenta a seca prolongada.

A SECA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Por sua vez, a seca acarreta escassez de produção aliada a preço baixo descapitalizando o agricultor; afeta a qualidade da produção e gera graves impactos na economia do município, além de desestimular o agricultor a plantar a safrinha.

Na avaliação de Viscardi e dos agricultores não tem outra saída, Costa Rica vai ser mais um município de Mato Grosso do Sul a decretar estado de emergência em virtude da seca. A situação é irreversível.

Fonte: Ocorreionews(PMCR)

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