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Cosalfa define etapas no combate à aftosa

Ministério da Agricultura - 04 de abril de 2011 - 10:46

Brasília (04/04/2011) - Depois de dois dias de debate, os 11 países integrantes da Comissão Sulamericana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) divulgaram as resoluções para avançar no Plano de Ação 2011-2020 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA). O anúncio foi no encerramento da 38ª reunião da Cosalfa, na última sexta-feira, 1º. de abril, em Recife.

A principal decisaõ foi a criação de um fundo específico ─ mantido pelos setores privados das nações que formam a entidade. O recurso será utilizado no financiamento de cooperação técnica e apoio à erradicação do vírus da febre aftosa nos países que registraram casos recentes da doença, como Equador, Venezuela e Bolívia. O Brasil deverá colaborar com cerca de US$ 300 mil por ano.

Durante o encontro, os participantes solicitaram que o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) coordene a realização de estudos complementares de variedades de vírus encontrados no Equador. Pediram, ainda, o fortalecimento das ações de fronteira internacional e a formação de um grupo de trabalho para identificar e implementar mecanismos de prosseguimento do PHEFA.

“Foram nove resoluções no total, além das discussões e informes importantes. Houve avanços em relação aos compromissos de alguns países da América do Sul para continuar com os programas estabelecidos. Acho que o bloco sai fortalecido para podermos avançar na erradicação da doença em um curto espaço de tempo”, salienta o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Guilherme Henrique Marques.

Aproximadamente 350 profissionais dos serviços veterinários oficiais e representantes do setor privado dos países integrantes da Cosalfa ─ Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai ─ participaram do evento. Ficou decidido que o Paraguai sediará a 39ª reunião ordinária da Cosalfa, em 2012.

Avanços na América do Sul

Os programas de erradicação da febre aftosa da América do Sul mantêm uma cobertura de 100% do território (17,6 milhões de km2), com uma população animal estimada em mais de 325 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. Desse total, cerca de 88% são reconhecidos pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) como livres da enfermidade. Apenas 11,2% estão em áreas que não são consideradas imunes da doença.

Durante 2010, os países sulamericanos, exceto Equador e Venezuela, não registraram a ocorrência de febre aftosa. No ano passado, os serviços veterinários oficiais atenderam a 1.210 notificações de rebanhos infectados com sintomas de outras doenças vesiculares. A maior parte ─ 650 casos ─ ocorreu na Colômbia, seguida de 313 registros no Brasil, 117 no Equador e 101 no Peru.

A estrutura dos serviços veterinários oficiais dos países integrantes da Cosalfa conta com 2.663 unidades locais de atenção veterinária, que incorporam um contingente humano formado por 7.238 profissionais. A grande maioria está lotada no campo (93%) e apenas 7% trabalham em laboratórios.

Os recursos financeiros destinados à execução dos programas nacionais de erradicação alcançaram US$ 1,06 bilhão no ano anterior, sendo US$ 652,9 milhões investidos pelo setor público e US$ 415,7 milhões da iniciativa privada.

No ano passado, na América do Sul, foram disponibilizadas 567,2 milhões de doses de vacina contra febre aftosa para uso nos programas nacionais de erradicação. (Marcos Giesteira)


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