O presidente Luiz Inácio Lula da Silva frustrou novamente a classe política e, principalmente, a sociedade, ao anunciar cortes profundos nas despesas de investimentos previstas para 2005. É o terceiro ano seguido que Lula determina o contingenciamento de verbas orçamentárias em volume superior aos feitos por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Investir fortemente em infra-estrutura foi uma das principais promessas de campanha do petista à Presidência em 2002.

Os cortes de recursos do Orçamento da União para este ano, no total de R$ 15,9 bilhões, foram anunciados sexta-feira (25) pelos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e o interino do Planejamento, Nelson Machado. O congelamento das verbas programadas para investimentos em Mato Grosso do Sul – que reduz a dotação de R$ 300 milhões para R$ 150 milhões – foi antecipado na semana passada pelo Correio do Estado.