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Corte de verbas atinge emendas parlamentares
O corte de gastos do governo de Mato Grosso do Sul atinge diretamente o FIS (Fundo de Investimento Social), cujos recursos são usados nas emendas dos deputados estaduais. O governador Zeca do PT determinou que, neste momento de crise financeira, os recursos do FIS sejam usados apenas para os programas sociais: Bolsa Família e Segurança Alimentar. Com isso, os deputados não poderão beneficiar suas bases eleitorais através de emendas, como é de praxe em anos eleitorais. Conforme a assessoria de imprensa da governadoria, o Fundo possui receita estimada de R$ 85 milhões ao ano.
Apesar do corte, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Pedro Kemp (PT), acredita que os colegas de parlamento saberão entender a crise pela qual passa o Estado. Os deputados fizeram um apelo para o governador manter esse recurso, mas ele disse que vai suspender inclusive o pagamento das emendas e apenas manter os programas sociais. É uma prioridade do governo. Claro que os deputados gostariam de ter as emendas, ainda mais em ano eleitoral, mas eles entenderam bem a situação, disse.
A conversa entre governador e deputados aconteceu ontem na presidência da Assembléia Legislativa. Eu senti na reunião do governador que mesmo os deputados da oposição, como a Celina (Jallad, líder do PMDB na Casa) compreenderam, afirmou. Apenas o Waldir Neves (deputado tucano) se aproveitou da conjuntura para criticar o governo.
Kemp diz que a crise financeira é resultado de um conjunto de fatores como a aftosa, o temor de que a gripe aviária chegue ao Brasil (e a conseqüente queda das exportações de aves) e a redução do valor do dólar em relação ao real.