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Corrupção: PF cumpre dois mandados e prende um em MS

Fernanda Mathias e Nadyenka Castro/Campo Grande News - 12 de agosto de 2008 - 11:11

A Operação “Dupla Face”, desencadeada pela Polícia Federal de Mato Grosso contra corrupção de servidores do Incra, cumpriu esta manhã dois mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul. Uma pessoa foi presa em um hotel na saída para São Paulo e presta depoimento na PF.

Segundo a PF, os dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências. Não foram informados mais detalhes sobre o envolvimento da pessoa presa no esquema de corrupção e os locais onde foram feitas as buscas e apreensões.

Os mandados foram todos expedidos pelo juízo da 2ª Vara Federal em Cuiabá/MT, requeridos pela Polícia Federal. Além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a ação ocorre em Minas Gerais, Paraná e São Paulo e tem apoio logístico de Superintendências da Polícia Federal de vários Estados da Federação, da inteligência da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União.

Segundo a PF, as investigações, que ocorrem desde 2006, identificaram a existência de duas organizações criminosas distintas: uma organização criminosa que agia no Incra e uma organização criminosa que atuava na Receita Federal sendo que algumas pessoas eram integrantes das duas quadrilhas.

A organização criminosa que agia no Incra atuava em torno, principalmente, dos Processos de Certificação de Imóveis Rurais em trâmite naquele órgão. A quadrilha cooptava proprietários interessados em obter a Certificação de suas propriedades rurais ou qualquer outra vantagem junto ao Incra, intermediando o pagamento de propina a servidores corruptos do órgão que também integravam a organização criminosa.

Já os investigados que atuavam junto à Receita Federal praticavam diversos crimes em em troca de recebimento de suborno, tais como: fornecimento de dados sigilosos a que têm acesso em razão das funções que ocupam, cancelamento de créditos tributários, fraude e agilização de processos de restituição de imposto de renda, regularização de CPFs etc.

O nome da Operação Dupla Face explica a PF, deve-se ao fato de grande parte dos integrantes da quadrilha ser de servidores públicos, os quais aparentavam, perante a sociedade, possuir uma conduta ilibada, entretanto, se locupletavam ilicitamente

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