Brasília - A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o comando de greve dos trabalhadores discutem uma nova proposta para colocar fim à paralisação que começou na quinta-feira (13). A reunião acontece na tarde de hoje (19) após a primeira audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando o ministro Milton de Moura França pediu que haja uma nova tentativa de acordo e deu prazo até amanhã para os trabalhadores apresentarem seus argumentos no dissídio coletivo.

A pauta de reivindicações da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) pede reposição salarial de 47,77%, relativa a perdas desde 1994, além de um aumento real de R$ 200, adicional de periculosidade. A última proposta oficial apresentada pela ECT foi de reajuste de 3,72% e abono de R$ 400,00. Segundo o representante do comando de greve, José Gonçalves de Almeida, a reunião desta tarde já se discute uma nova proposta.

Almeida ressalta que há avanços nas negociações sobre benefícios do acordo coletivo, como auxílio-creche, vale-refeição, parcelamento de férias, mas a questão salarial é o maior impasse. Uma proposta surgida na reunião de hoje foi a de um aumento linear de R$ 60 já no mês de janeiro e um abono salarial de R$ 500 retroativo a agosto e a garantia de ter o desconto dos dias parados. A assessoria de imprensa dos Correios não confirma os detalhes da reunião e disse que as propostas deverão ser apresentadas amanhã a uma nova audiência do TST.